Elenco do Palmeiras aprova novas ideias e time “mutante” de Cuca


Palmeiras posado (Foto: César Greco / Ag. Palmeiras / Divulgação)

Cuca tem apenas sete jogos como técnico do Palmeiras, mas seu trabalho já é bem visto dentro do elenco. Contra o Rosario Central, em um jogo de vida ou morte na Taça Libertadores da América, o treinador apostou em um esquema com três zagueiros – mesmo sem tê-lo ensaiado em treinos. A equipe ficou no empate por 3 a 3, mas esteve duas vezes à frente do placar no estádio adversário.

Cientes do tempo reduzido para montar a equipe em campo, com compromissos pela Libertadores e também pelo Paulistão, os jogadores têm gostado das novas ideias propostas pelo técnico. Após quatro derrotas consecutivas em suas primeiras partidas, Cuca agora acumula duas vitórias (incluindo um clássico contra o Corinthians) e um empate nos últimos confrontos.
– Ele ainda não conseguiu chegar na equipe ideal, sabe que a gente oscilou muito nos últimos jogos, então está na busca. Tem jogo que é difícil, tem de mudar o esquema mesmo, tentar encaixar com o deles. (O Rosario) É um time que joga com muito jogador na frente, eu acho que ele foi bem na escolha de colocar três zagueiros. Conseguiu equilibrar bem – opinou o meia Robinho.
Outras inovações aconteceram nas partidas anteriores. A equipe tem mudado de acordo com o ponto forte do adversário. Diante do Rio Claro, por exemplo, Cuca apostou em Alecsandro como homem de meio-campo – o rendimento foi bom, e o Palmeiras venceu por 3 a 0.
Contra o Corinthians, escalou Robinho e Zé Roberto no meio-campo, com ambos adiantados, marcando os laterais do rival. Quebrou o estilo de jogo alvinegro, caracterizado pela troca de passes, e saiu do Pacaembu encerrando um tabu de 21 anos – período em que o Palmeiras não levava a melhor no Dérbi no estádio municipal.
Pressão do Rosario pelo lado esquerdo da defesa fez Cuca inverter Gabriel de lado com Matheus Sales (Foto: GloboEsporte.com)
Dicas individuais a alguns jogadores também têm funcionado bem. Cuca tem o costume de conversar particularmente com certos atletas durante as atividades. Gabriel Jesus, por exemplo, ganhou liberdade no setor ofensivo e marcou dois dos três gols palmeirenses no empate por 3 a 3 com o Rosario Central.
– Era pra eu atacar. O Cuca viu isso e foi feliz. Eu também fui muito feliz, me deu um novo posicionamento. Qualquer resvalada do adversário eu conseguia sair na velocidade e ficar de frente para o gol – comentou o atacante.
Curiosamente, o próprio técnico disse que prefere ter um esquema tático definido. Mesmo com as mudanças constantes dando certo, Cuca quer o Palmeiras com uma identidade própria.
– Eu não gosto de fazer isso (mudar o time), sinceramente. Gosto de ter um jeito de jogar e dar uma sequência ao time. Esporadicamente você vai jogar conforme o adversário. Mas não temos um padrão definido. Esse é o negócio. Eu tenho analisado bem o adversário, o Cuquinha (auxiliar) tem me ajudado muito. Temos analisado os adversários e montado em cima deles, não só para marcar, mas também para oferecer perigo de alguma forma e escolhendo as peças – disse o treinador. 
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