"Não conseguimos o resultado que queríamos, mas taticamente gostei muito da equipe", diz Luiz Felipe Scolari


Foto: Globo Esporte 

A reestreia de Luiz Felipe Scolari no Palmeiras parecia promissora, mas acabou no empate com o América-MG, em 0 a 0, neste domingo, no estádio Independência.

O novo treinador escalou uma equipe quase reserva, que até começou bem, mas perdeu mais um pênalti, agora com Jean. O resultado mantém o Verdão fora do G4 após 17 rodadas no Brasileiro. 

Após a partida, Felipão deu a coletiva, e falou sobre o projeto para o clube, a volta de Borja, e o resultado.
"Quando fomos contratados, falamos bastante sobre isso. Uma situação que pensamos ao voltarmos ao Palmeiras é que estamos disputando Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro em boas condições. Isso nos dá com a equipe que temos, com a estrutura que o Palmeiras oferece, nos dá condição de enxergamos a final de uma Libertadores, vencendo, e depois seguir até o Mundial. Esse foi meu primeiro pensamento ao receber o comunicado do Palmeiras. É assim que vamos fazer. Volto feliz com essa possibilidade, renovado e vejo uma equipe que fez taticamente o que a gente solicitou. Vejo alguns jogadores que não conhecia serem mais até do que eu pensava. Portanto, dá para pensar em ir longe em todas as competições".

"Quem está na frente é o Palmeiras. Os dois são bons jogadores e têm características diferentes. É normal, já tínhamos programado que o Borja jogaria no máximo 70 minutos e que o Deyverson entraria para fazer a outra parte. Em Salvador, ele jogou e foi bem. Vamos agora aos pouquinhos aprimorando o que precisa. São diferentes. Hoje usamos o tempo todo o Lucas Lima, que é um jogador que serve muito bem. Temos de montar essa equipe de uma forma que consiga os gols".

"Não conseguimos o resultado que queríamos, mas taticamente gostei muito da equipe. Devido às circunstâncias do jogo quinta-feira, jogar no domingo, temos estudos que provam que um grupo de trabalho sente o jogo de quinta jogando no domingo. Se tivesse jogado quarta seria melhor. Tínhamos de fazer algumas mudanças, colocar uma equipe que fosse taticamente inteligente. O América-MG tem um sistema bem interessante com o Adilson. Acho que conseguimos jogar muito bem taticamente, não tivemos capacidade de fazer o gol. Ainda penso que posso trabalhar com eles essa parte de ser mais ânsia de fazer os gols e vencer os jogos. Gostei da minha equipe. Gostei bastante".

E ainda falou sobre seu trabalho nos primeiros dias no Verdão e o que a torcida pode esperar do time:

"Primeiro, pegamos a parte da fisiologia, tiramos alguns que tinham déficit fisiológico, não poderíamos correr riscos. Depois, fomos montando a equipe baseado na equipe do Adilson. Precisamos utilizar Moisés e Bruno Henrique um pouco, precisava dar ritmo ao Borja... Tudo isso foi pensado antes do jogo. Tudo correu certo. Faltou o gol. Mas de sexta para sábado foi um pouco de conversa, sábado um treino tático e agora é a evolução dia a dia do que eu gosto. E ver se a gente consegue atingir detalhes que hoje não conseguimos".

"Pode esperar uma equipe bem organizada. Vamos começar a ter algumas substituições futuras para determinadas situações que eu já aproveitei o jogo e vi. E vamos ser uma equipe aguerrida. Precisamos pensar em ganhar o jogo mesmo que seja no Paraguai, mesmo que a equipe do Cerro esteja em primeiro no campeonato, seja uma excelente equipe. Acho que esse grupo pensa dessa forma, mas precisa de um incentivo. Precisa que a gente coloque algumas coisas que eles possam pensar sobre como é bonito chegar à final de uma Libertadores. E dá. Pelo que a gente tem, dá. A estrutura do Palmeiras hoje é muito boa. Somos 27 ou 28 jogadores e vou usar todos na medida do possível. Acho que com mais uma semana de trabalho já vamos ter o parâmetro ideal da equipe. Vamos esperar um pouquinho e acreditar mais", disse Felipão.

Agora o Alviverde paulista se prepara para enfrentar o Cerro Porteno nesta quinta.
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