Opinião - Deveria ter sido mais fácil

Considerando o local da partida, horário, sequência de jogos e todos os outros fatores que envolviam a partida e que envolvem uma temporada do futebol brasileiro, eu não esperava realmente que o Palmeiras fosse massacrar o Ceará. Até aí, tudo bem.


O que eu realmente não esperava é que o time sofresse tanto, a ponto de não conseguir definir a partida contra o lanterna da competição, e ainda sofrer o empate no final da partida.

O jogo já se mostrou estranho na escalação: Uma inédita e, pra ser franco, temerária dupla de zaga, formada por Thiago Martins e Edu Dracena; uma dupla de volantes incomum, devido aos desfalques por suspensão - penso que Tche Tche, se ainda estivesse por aqui, poderia ter formado um meio campo mais sólido; Lucas Lima, talvez para dar algum descanso a Moisés, responsável pela armação; somente o trio ofensivo sem alterações em relação à partida anterior. E as coisas continuaram estranhas quando a bola rolou.

Quem assistisse à partida sem saber nada sobre o futebol brasileiro, provavelmente pensaria que o Palmeiras era o time mais fraco naquela partida. Fez o primeiro gol rapidamente; fez o segundo, mas em nenhum momento teve o controle das ações da partida. E, quando tomou o primeiro gol, em um lance que, vendo de fora, parecia defensável, o time simplesmente parou de jogar.

Eu não sei qual é a opinião dos especialistas em futebol em relação a isso. Mas creio que todos eles pensem que não é uma boa estratégia tentar segurar um resultado um gol de diferença durante 45 minutos ou mais. Ainda mais com uma zaga, como eu disse antes, inédita e temerária.

Pra piorar a situação: Dudu, que vinha bem na partida, sentiu dores e foi substituído. Arthur não conseguiu manter o mesmo ritmo, mas não posso culpá-lo: é a primeira partida dele no ano. Lucas Lima, pra variar, sumido no jogo, deu lugar a Moisés, que não surtiu o efeito esperado. E Hyoran saiu para dar lugar a Mayke - que é algo que eu estou tentando entender até agora. O time se perdeu completamente, foi pressionado, a zaga falhou - de novo - e o Ceará conseguiu um empate que, pra ser franco, também acho que dava pra pegar. E, por tudo que eu vi, diria que saiu até barato pra gente.

Aí, faltando pouco mais de cinco minutos para o fim do jogo, o Palmeiras resolveu jogar bola, mostrando que, realmente, poderia ter feito uma partida melhor e que era superior ao adversário.

Mas já era tarde. O empate estava decretado.

São partidas como esta que deixam o torcedor apreensivo, com medo de um novo 2017 - que, por sinal, já está se desenhando no Brasileirão.

O Palmeiras, se quiser ganhar algo este ano, não pode tratar uma partida onde pode assumir a vice liderança de forma diferente da que trata um grande jogo.

Todos os jogos são importantes, pra quem quer fazer história.
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