Patrocinadora detona Mustafá e avisa que não deixa o Verdão
Você já imaginou a Crefisa patrocinando as camisas de Corinthians, São Paulo ou Santos? Pois saiba que os rivais tentaram roubar do Palmeiras o maior patrocínio do futebol brasileiro. Pelo menos é o que garante Leila Pereira, dona da empresa que desembolsa mais de R$ 100 milhões por ano apenas para expor as marcas de suas empresas no uniforme – a FAM (Faculdade das Américas) também, de Leila, é outra parceira. As sondagens de alvinegros, tricolores e santistas foi só uma das revelações da empresária em entrevista concedida na noite desta quinta-feira. Ela também detona Mustafá Contursi, corneta aqueles que a criticam sem nunca terem colocado um real no Verdão, explica como ficou o contrato de patrocínio após multa pesada da Receita Federal… Confira:
BLOG: Qual será seu sentimento se o Palmeiras terminar 2018 sem título?
LEILA PEREIRA: Antes de ser uma patrocinadora, sou torcedora do Palmeiras e é óbvio que quero ser campeão. Por isso, vou ficar frustrada se não ganharmos nada. Mas tivemos a melhor campanha na fase de grupos Libertadores e estamos em um bom caminho.
Então você aposta em um título do Palmeiras?
Não quero o segundo lugar. Quero o primeiro! No Palmeiras, não cabe mais esse tipo de gente que defende o bom e o barato. Investimos muito, temos um clube extremamente profissional e com um elenco bem forte. Outro dia, estava vendo uma apresentação sobre anos anteriores do Palmeiras e era uma verdadeira montanha russa, várias vezes brigando para não cair.
Há um movimento político liderado pelo Mustafá Contursi contra seu patrocínio. Já pensou em deixar o Palmeiras por isso?
Não. Nunca. E nem vou sair, porque amo o Palmeiras. Isso também não passa pela minha cabeça em retribuição aos milhões de torcedores palmeirenses, que ainda são extremamente carinhosos comigo nos contatos pelo Brasil e no exterior.
A Crefisa já foi procurada por algum rival do Palmeiras?
Por todos. Todos os grandes clubes de São Paulo já me procuraram. De fora de São Paulo, também. A grande maioria dos brasileiros tentou.
E o que você respondeu?
Que o patrocínio é exclusivo.
Por causa de uma denúncia de alguém do próprio Palmeiras, a Crefisa foi multada em R$ 31 milhões pela Receita Federal. Tem ideia de onde partiu a acusação?
Todo mundo sabe, né? A multa foi de R$ 31 milhões, mas o prejuízo chegou a R$ 80 milhões por uma questão contábil. Isso porque o dinheiro que cedíamos para o Palmeiras contratar jogadores era classificado como patrocínio e a Receita exige que seja tratado como empréstimo, com uma outra taxação.
Foi o Mustafá Contursi?
Não quero citar nome.
Nesta semana, o COF (Conselho de Orientação Fiscal) reprovou as contas de janeiro por causa da mudança no contrato de patrocínio. Como encarou a decisão?
É algo meramente político. Tenho profundo respeito pelos órgãos do Palmeiras, mas há pessoas ligadas ao Mustafá que não querem escutar. Outro dia, estive no COF e expliquei todos os detalhes da alteração no contrato. Foi como se eu falasse com as paredes. Reprovar as contas é uma aberração. Uma irresponsabilidade.
Você sente que há quem queira sua saída do Palmeiras?
Uma minoria, sim. Porque essa minoria quer a volta do caos financeiro, a época em que o clube não pagava nem a luz.
A alegação no COF é de que o Palmeiras tem um prejuízo de R$ 120 milhões com a mudança no contrato.
Não é isso. Para atender à Receita, todo o dinheiro usado na contratação de jogadores virou empréstimo. E o Palmeiras já havia se comprometido a devolver o dinheiro assim que vendesse os jogadores. O que mudou é que, caso o atleta seja vendido por um valor menor, o prejuízo fica com o Palmeiras.
Antes, ele seria da patrocinadora?
Sim. A partir de agora, se um jogador comprado por R$ 10 milhões for vendido por R$ 8 milhões, o Palmeiras terá dois anos para devolver os R$ 2 milhões. Mas, nesse período, ele pode ter lucro com outro jogador e, aí, uma negociação compensaria a outra.
A dívida é de quanto?
Não estou com os papéis aqui, mas está na casa dos R$ 120 milhões (o Palmeiras contratou Borja por R$ 33 milhões, Deyverson por R$ 18 milhões, Lucas Lima por R$ 17,5 milhões, Bruno Henrique por R$ 14 milhões, Luan, Dudu e Guerra por R$ 10 milhões, cada, Fabiano por R$ 6,7 milhões) e Thiago Santos por R$ 1 milhão).
Você topa ceder para mudar o contrato outra vez, a fim de atender ao COF?
Por parte do patrocinador, não se altera uma vírgula desse contrato. Vale lembrar que o COF só sugere. É o Conselho Deliberativo quem determina. E imagino que a rejeição das contas será revertido no CD.
BLOG: Qual será seu sentimento se o Palmeiras terminar 2018 sem título?
LEILA PEREIRA: Antes de ser uma patrocinadora, sou torcedora do Palmeiras e é óbvio que quero ser campeão. Por isso, vou ficar frustrada se não ganharmos nada. Mas tivemos a melhor campanha na fase de grupos Libertadores e estamos em um bom caminho.
Então você aposta em um título do Palmeiras?
Não quero o segundo lugar. Quero o primeiro! No Palmeiras, não cabe mais esse tipo de gente que defende o bom e o barato. Investimos muito, temos um clube extremamente profissional e com um elenco bem forte. Outro dia, estava vendo uma apresentação sobre anos anteriores do Palmeiras e era uma verdadeira montanha russa, várias vezes brigando para não cair.
Há um movimento político liderado pelo Mustafá Contursi contra seu patrocínio. Já pensou em deixar o Palmeiras por isso?
Não. Nunca. E nem vou sair, porque amo o Palmeiras. Isso também não passa pela minha cabeça em retribuição aos milhões de torcedores palmeirenses, que ainda são extremamente carinhosos comigo nos contatos pelo Brasil e no exterior.
A Crefisa já foi procurada por algum rival do Palmeiras?
Por todos. Todos os grandes clubes de São Paulo já me procuraram. De fora de São Paulo, também. A grande maioria dos brasileiros tentou.
E o que você respondeu?
Que o patrocínio é exclusivo.
Por causa de uma denúncia de alguém do próprio Palmeiras, a Crefisa foi multada em R$ 31 milhões pela Receita Federal. Tem ideia de onde partiu a acusação?
Todo mundo sabe, né? A multa foi de R$ 31 milhões, mas o prejuízo chegou a R$ 80 milhões por uma questão contábil. Isso porque o dinheiro que cedíamos para o Palmeiras contratar jogadores era classificado como patrocínio e a Receita exige que seja tratado como empréstimo, com uma outra taxação.
Foi o Mustafá Contursi?
Não quero citar nome.
Nesta semana, o COF (Conselho de Orientação Fiscal) reprovou as contas de janeiro por causa da mudança no contrato de patrocínio. Como encarou a decisão?
É algo meramente político. Tenho profundo respeito pelos órgãos do Palmeiras, mas há pessoas ligadas ao Mustafá que não querem escutar. Outro dia, estive no COF e expliquei todos os detalhes da alteração no contrato. Foi como se eu falasse com as paredes. Reprovar as contas é uma aberração. Uma irresponsabilidade.
Você sente que há quem queira sua saída do Palmeiras?
Uma minoria, sim. Porque essa minoria quer a volta do caos financeiro, a época em que o clube não pagava nem a luz.
A alegação no COF é de que o Palmeiras tem um prejuízo de R$ 120 milhões com a mudança no contrato.
Não é isso. Para atender à Receita, todo o dinheiro usado na contratação de jogadores virou empréstimo. E o Palmeiras já havia se comprometido a devolver o dinheiro assim que vendesse os jogadores. O que mudou é que, caso o atleta seja vendido por um valor menor, o prejuízo fica com o Palmeiras.
Antes, ele seria da patrocinadora?
Sim. A partir de agora, se um jogador comprado por R$ 10 milhões for vendido por R$ 8 milhões, o Palmeiras terá dois anos para devolver os R$ 2 milhões. Mas, nesse período, ele pode ter lucro com outro jogador e, aí, uma negociação compensaria a outra.
A dívida é de quanto?
Não estou com os papéis aqui, mas está na casa dos R$ 120 milhões (o Palmeiras contratou Borja por R$ 33 milhões, Deyverson por R$ 18 milhões, Lucas Lima por R$ 17,5 milhões, Bruno Henrique por R$ 14 milhões, Luan, Dudu e Guerra por R$ 10 milhões, cada, Fabiano por R$ 6,7 milhões) e Thiago Santos por R$ 1 milhão).
Você topa ceder para mudar o contrato outra vez, a fim de atender ao COF?
Por parte do patrocinador, não se altera uma vírgula desse contrato. Vale lembrar que o COF só sugere. É o Conselho Deliberativo quem determina. E imagino que a rejeição das contas será revertido no CD.
Fonte: Blog do Jorge Nicola