Leila critica Mustafá, rebate COF e planeja extirpar “bom e barato”

Leila critica Mustafá, rebate COF e planeja extirpar “bom e barato”
Leila Pereira tem o ex-presidente Mustafá Contursi como desafeto (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

Partidária do aumento do mandato presidencial do Palmeiras, Leila Pereira iniciou a campanha pela reforma do estatuto na noite de quinta-feira. Antes do evento, a empresária criticou o ex-presidente Mustafá Contursi, rebateu o Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) e manifestou o desejo de extirpar os adeptos da filosofia do “bom e barato”.
Insatisfeito com os moldes do aditivo ao contrato de patrocínio com a Crefisa/FAM, pelo qual o Palmeiras assume a obrigação de ressarcir a parceira em cerca de R$ 120 milhões, o COF reprovou as contas de janeiro do clube presidido por Maurício Galiotte. Segundo a proprietária das empresas, a posição tem a finalidade de atingi-la.

“Foi uma questão meramente política. Tenho muito respeito pelos órgãos do Palmeiras, mas, infelizmente, há algumas pessoas que são ligadas ao Mustafá Contursi. Então, tudo que for para atacar o patrocinador, elas vão fazer. É uma aberração criticarem os aditivos”, afirmou a conselheira, citando o valor que injeta no clube.

“Vocês bem sabem que o patrocínio de um clube da grandeza do Palmeiras gira em torno de R$ 25 milhões. Ao ano, eu pago praticamente R$ 100 milhões. Então, na verdade, quem está pagando esse empréstimo sou eu mesmo. O pessoal que ataca o patrocinador gosta muito de falar, mas nunca colocou um centavo lá dentro”, reclamou.

Leila chegou a ter Mustafá como padrinho político, mas ambos estão afastados desde o envolvimento do antigo dirigente em um escândalo de venda irregular de ingressos. Durante sua longa entrevista, a empresária manifestou o desejo de erradicar os adeptos do “bom e barato”, lema costumeiramente associado ao ex-presidente.

“Não quero mais aquelas emoções fortes do passado, do bom e barato. No Palmeiras, não cabe mais esse tipo de gente. Temos que extirpar essa gente de lá. Bom e barato, não existe. Lá, é muito investimento, muita tecnologia. É claro, tem que dar resultado. O que o torcedor quer é o que eu quero: títulos”, explicou.

Questionada sobre a solução para o impasse com o COF em torno do aditivo ao contrato de patrocínio, Leila Pereira descartou categoricamente a possibilidade de alterar o documento para cumprir as reivindicações do órgão. A empresária entende que o tema será resolvido apenas no Conselho Deliberativo.

“Por parte do patrocinador, não se muda uma vírgula dos aditivos. O COF sugere, mas a decisão final é do Conselho. Então, esse assunto provavelmente vai para lá. Eu acredito que, com nossos 280 conselheiros, consigamos aprovar essas contas, porque não tem absolutamente problema nenhum”, afirmou.

 Fonte: Gazeta Esportiva
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