Opinião: Vantagem é Vantagem


Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos o desfecho da partida de ontem contra o América-MG, pela Copa do Brasil, poderia achar que o Palmeiras saiu de campo derrotado.



Eu, realmente, não acho que o Palmeiras tenha feito uma partida impecável. Tanto a partida quanto as estatísticas comprovam. O América finalizou o dobro - apesar de ter a mesma quantidade de acertos - e teve mais roubadas de bola. Mas há algumas coisas que é preciso considerar.

A primeira delas é bem óbvia: VENCEMOS. Fora de casa. De novo. Não somos o treinador. Temos que esquecer um pouco desempenho e focar no resultado. No fim, avança é quem vence, não quem joga melhor.

A segunda, eu como mineiro tenho absoluta segurança em dizer: O América não é o time bobo que todo mundo fora de Minas Gerais pensa que é. Está longe de ser um dos melhores do mundo, com certeza. E, provavelmente, lutará pra não cair - talvez bem mais por causa do baixo orçamento do que pela equipe. Mas, além de ser um grande formador de jogadores, é um dos poucos times que faz com que o campeonato mineiro não seja um espanhol sem grife em todas as temporadas.

E, se ainda não se deu por satisfeito, tenho um terceiro fator a considerar: O América tem O MESMO TREINADOR desde julho de 2016. E ele, com certeza, teve tempo de montar uma equipe que, se não vai vencer o brasileiro, ao menos vai dar trabalho pra times grandes, eventualmente.

Falando só da partida agora... sim, vimos um pouco mais do mesmo. Times que jogam explorando a famosa - ou infame - marcação alta causam problemas ao Palmeiras. Os laterais sofrem. Os torcedores se assustam. Mas, pelo menos desta vez, o adversário não conseguiu nos fazer tropeçar.
Borja, quando não está apanhando da bola, consegue fazer algumas coisas interessantes. O gol típico de centroavante e a bela assistência para o gol de Keno são jogadas de quem sabe o que faz - quando, repito, não está apanhando da bola.

E sim, estou cornetando de propósito. Borja costuma calar as críticas, de vez em quando. O colombiano foi fundamental em um jogo que se desenhava mais complicado do que parecia, e que quase ficou extremamente complicado graças à (mais uma) lambança do Antônio Carlos. O que me leva à minha próxima observação.

Acho que já citei aqui neste espaço antes. Roger tem feito um excelente trabalho até aqui. Os números jogam indiscutivelmente a seu favor. Mas eu não consigo compreender essa insistência em fazer substituições que não mudam a forma da equipe jogar. Se uma partida está difícil da forma que o time está atuando, qual é o sentido em colocar um jogador que vai fazer a mesma função de outro que já está em campo?! Vantagem física?! Não justifica. Essa é a minha observação negativa em relação ao jogo.

No fim, ganhamos. Oito jogos sem perder e muita moral pra enfrentar mais uma vez o Corinthians - e seu poderoso "trio ofensivo". E, dizem, jogamos melhor fora de casa.

Hora de conferir isto.


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