Opinião - Mais uma vez, o resultado não diz o que foi a partida

Quantas vezes nós tivemos durante este ano, a sensação de que o resultado obtido pelo Palmeiras não foi proporcional ao que foi o jogo?

Calma, isso não é uma crítica. Pelo menos, não desta vez. Chegaremos a este tema mais tarde...

Eu não consigo explicar como o Alianza Lima conseguiu arrancar um empate contra o Boca Juniors. Mesmo. A maioria das poucas oportunidades do time peruano foi criada pelo Palmeiras, com faltas próximas à área e alguma desatenção, em poucos lances. Igualou o número de desarmes na partida e só. É um time que sabe trocar alguns passes e quase todos os jogadores protegem bem a bola e dão dribles curtos. Mas é MUITO limitado. Se o Boca estiver nesse nível - o que é difícil de acreditar - não teremos problemas na fase de grupos.

Tenho que dizer que estamos MUITO BEM de laterais. Mayke fez uma boa partida. Apoiou bastante o ataque sem deixar a defesa desguarnecida. Mas o que mais me chamou atenção foi Diogo Barbosa. Ele não tem a mesma qualidade em desarme do Victor Luis, mas é MUITO bom de bola. E, sem ela, também recompõe a defesa bem e rápido. Tomara que não tenha sofrido outra lesão mais séria.

Nossos zagueiros fizeram uma partida impecável. Pra quem temia uma eventual lambança em uma competição importante, à despeito de uma ou outro vacilo, eles têm se saído bem, no geral - com o auxílio de um sistema defensivo sólido.

O repertório foi vasto: trocas de passes impressionantes, jogadas ensaiadas, gol de bola parada, contando com a participação dos dois zagueiros e mais um gol do Borja, pra desespero de alguns comentaristas e cornetas. Pelo jeito, Anderson Salles entende mais do Palmeiras que a maioria de nós, torcedores.

Chegamos ao ponto onde eu repito: o resultado não diz o que foi a partida. O Palmeiras foi MUITO superior ao adversário. O mistão do Verdão atropelou. Venceu, convenceu, e só não fez mais gols porque faltou uma certa tranquilidade na hora do último passe - e por causa do pênalti não marcado em Deyverson, no segundo tempo. 

Fizemos - bem - o dever de casa. Garantimos a liderança do grupo para a segunda rodada - e até para a terceira, dependendo do resultado do outro jogo do grupo. Vamos com moral ainda mais elevado para a decisão do campeonato paulista.

Os bons resultados, a versatilidade da equipe e as lições que estão sendo aprendidas rapidamente geram grandes expectativas. 

2018 é um ano promissor.

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