Campeão e superavitário, Mina é case de sucesso da era Mattos no Palmeiras


Mina comemora o segundo gol do Palmeiras contra o Peñarol; zagueiro deu lucro ao clube

Campeão e vendido por mais do que custou, Mina foi o "reforço perfeito" da era Mattos no Palmeiras. Finalmente negociado com o Barcelona por R$ 46 milhões, o zagueiro sai com o legado de ter sido o jogador que deu retorno tanto na área esportiva quanto na financeira.
Vários outros atletas chegaram à Academia de Futebol nessa condição, mas ainda não renderam o retorno esperado, como é o caso de Luan e Juninho, por exemplo. Ambos custaram R$ 10 milhões e sequer conseguem confirmar a titularidade. Ainda assim, o caso do colombiano serve para o diretor usar como case de sucesso em meio as críticas diárias que recebe no Conselho.

Por R$ 11,7 milhões, o clube acreditou em Mina em 2016 e comprou 80% de seus direitos econômicos. A operação, na época, foi considerada cara, apesar de todos apontarem para o talento do atleta que se destacou no Santa Fé. No contrato, o Barcelona, clube que possui boa relação com o Palmeiras, possuía preferência para contratar o jogador colombiano.

Durante os praticamente 18 meses de Mina no clube, o Palmeiras ouviu sondagens e até números de outras equipes que se interessavam pelo futebol do colombiano. A Sampdoria foi quem surgiu com mais força e pareceu disposta a se aproximar dos 9 milhões de euros para contar com o jogador ainda no verão do ano passado.

Sem nenhuma oferta concreta à diretoria palmeirense, o estafe do jogador se sustentou na ideia inicial do Barcelona nos últimos meses, que era mantê-lo no Palmeiras até a Copa do Mundo, conforme o último combinado entre a diretoria espanhola e palmeirense. Desde fevereiro do ano passado, o clube alviverde trabalhou para estender a permanência do colombiano.
Agora, com a venda ao time espanhol concretizada, o Palmeiras terá direito a R$ 39 milhões dos R$ 46 milhões da operação. Isso significa um lucro de quase R$ 27 milhões para o zagueiro, que ganhou diversos prêmios individuais e ainda foi campeão brasileiro. Embora se planejasse inicialmente para contratá-lo no meio do ano, o Barcelona recorreu a Mina com urgência pela lesão do titular Samuel Umtiti e a iminente saída de Javier Mascherano para a China. 

O desejo do Barcelona em antecipar a chegada do zagueiro (de julho para janeiro) colaborou para que o clube ganhasse ainda mais dinheiro. Se agora o lucro ficou em R$ 27 milhões, no meio do ano ficaria em R$ 14 milhões.

Originalmente, o Palmeiras ganharia R$ 35 milhões para liberar Mina após a Copa do Mundo. Desse total, ainda precisaria repassar 5% do mecanismo de solidariedade da Fifa (R$ 1,7 milhão) aos clubes formadores e mais R$ 7 milhões para o Santa Fé, valor correspondente aos 20% dos direitos econômicos.

A operação, assim, fecharia em um total de R$ 26 milhões, ou seja, com lucro de R$ 14 milhões em relação aos quase R$ 12 milhões pagos em 2016.

Na atual negociação, além de conseguir quase R$ 11 milhões para liberar o atleta meses antes do acordo original, Mattos colocou em contrato que o Barcelona precisará arcar com o mecanismo de solidariedade. Assim, os catalães é que bancarão quase R$ 2,3 milhões de pagamento aos clubes formadores.

Além disso, Mattos ainda impôs que o clube colombiano tivesse direito apenas aos 20% em cima do acordo original. Dessa forma, a verba negociada entre Palmeiras e Barcelona pelo adiantamento irá de maneira integral para as contas alviverdes, sem entrar na divisão entre os clubes. Por fim, Mattos fez algo pouco comum nos negócios desenvolvidos recentemente no clube. Não pagará comissão para nenhum empresário pelo acordo.
 Fonte: UOL
Postagem Anterior Próxima Postagem