Veja como se saíram os contratados do Palmeiras em 2017

Foram 13 contratações na temporada

Foto: Marcos Ribolli

Campeão brasileiro em 2016, o Palmeiras teve 13 novos jogadores em 2017, a maioria deles desde o início da pré-temporada. Um deles, o colombiano Miguel Borja, tornou-se a contratação mais cara da história do clube: foram pagos R$ 33 milhões ao Atlético Nacional.

Assim como ele, outros em que houve alto investimento também não renderam o esperado. Curiosamente, os reforços que mais vingaram foram os cercados de menor expectativa, como Willian e Keno.

Willian (51 jogos, 17 gols): Contratado como compensação definitiva na ida de Robinho ao Cruzeiro, o atacante chegou sem pompa. Ao final da temporada, porém, foi um dos jogadores que mais atuaram e o artilheiro da equipe. Jogou pelas pontas, como falso 9, e teve participações decisivas para mudar algumas partidas importantes, tanto na Libertadores quanto em clássicos.

Keno (54 jogos, 11 gols): Aos 27 anos, com passagens de pouco destaque por outros clubes, o atacante também superou a desconfiança e foi um dos jogadores com maior número de atuações. Cresceu muito de produção sob comando do técnico interino Alberto Valentim nas últimas partidas da temporada, com belos gols, assistências e dribles.

Deyverson (19 jogos, 7 gols): Foi a solução encontrada pelo Palmeiras no meio do ano para ser um centroavante que também conseguisse se doar taticamente, como fazia Gabriel Jesus em 2016. Desconhecido no futebol brasileiro, mas com relativo sucesso em clubes menores da Espanha, cumpriu à risca a exigência pela entrega física, mas foi criticado principalmente por não cobrar pênalti na disputa que eliminou o time da Libertadores.

Mayke (26 jogos, 1 gol): Em baixa no Cruzeiro, foi aposta para resolver o lado direito, setor que perdeu força nesta temporada em razão dos problemas físicos de Jean, eleito o melhor lateral do Brasileiro passado. Não brilhou e chegou a ser apontado como vilão em um jogo ou outro, porém se recuperou e fechou 2017 com avaliação mais positiva do que negativa.

Borja (43 jogos, 10 gols): Reforço mais caro da história do clube (R$ 33 milhões), o atacante campeão da Libertadores de 2016 pelo Atlético Nacional não correspondeu como se imaginava. Após a chegada de Deyverson, o colombiano foi para o banco de reservas até a saída de Cuca. Com Valentim, ganhou nova chance e menos obrigações, ficou mais próximo da área e vira o ano alimentando a esperança de uma temporada melhor.

Guerra (37 jogos, 7 gols): Companheiro de Borja na Colômbia, o meia venezuelano igualmente desapontou quem acreditava que ele faria sucesso em seu primeiro ano com a camisa alviverde. Fez excelentes partidas, é verdade, mas caiu muito de produção depois de um incidente familiar. Ainda assim, disputou mais jogos do que nos anos anteriores.

Bruno Henrique (17 jogos, 2 gols): Foi contratado com urgência na janela de meio do ano, época em que quase todos os volantes estavam impossibilitados de jogar. Entrou rapidamente no time e teve boas aparições. Por outro lado, também cometeu falhas decisivas e terminou na reserva.

Felipe Melo (32 jogos, 2 gols): Aconteceu de tudo com o volante. Intocável no 4-1-4-1 do técnico Eduardo Baptista, foi punido por uma confusão no duelo com o Peñarol, em que acertou um soco na cara de um adversário após o apito final. Depois, além de dificuldades técnicas em campo, teve problemas de ambiente com Cuca, a quem chamou de maucaráter. Ficou quase dois meses afastado, mas reconquistou vaga com Valentim.

Michel Bastos (38 jogos, 2 gols): Encostado no São Paulo, jogou como ponta, meia e lateral-esquerdo em sua primeira temporada pelo Palmeiras. Poderia ter tido um ano melhor se não fossem as recorrentes lesões.

Raphael Veiga (22 jogos, 2 gols): Foram 22 jogos, mas não muitos minutos. Tem boa qualidade técnica para bater na bola e, ainda que não tenha justificado as expectativas nas raras oportunidades recebidas, foi um pedido constante da torcida nas arquibancadas e redes sociais.

Luan (21 jogos, 1 gol): Campeão olímpico pela seleção brasileira em 2016, na companhia do então palmeirense Gabriel Jesus, o zagueiro chegou do Vasco ainda em recuperação de cirurgia. Depois de estrear, mostrou muita qualidade e tomou rapidamente um lugar no time. Só que não manteve regularidade e colecionou falhas.

Juninho (22 jogos): Viveu situação semelhante à de Luan. Comprado do Coritiba também por R$ 10 milhões, o zagueiro ainda não provou sua qualidade com a camisa alviverde. É possível dizer até que, em alguns jogos, foi melhor improvisado como lateral-esquerdo, dados os muitos erros cometidos em sua posição de origem.

Hyoran (6 jogos, 1 gol): Reforço com menos chances. Foram somente seis jogos, incluindo um amistoso contra a Chapecoense, seu ex-clube. Depois do único gol marcado, em vitória sobre o São Paulo, imaginava-se que ele teria mais espaço, talvez até como falso 9, o que acabou não acontecendo.
Fonte: Globoesporte.com
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