Das vaias aos aplausos: Alecsandro vive noite de volta por cima no Paulista


Alecsandro Gol Palmeiras (Foto: Célio Messias/Estadão Conteúdo)

Marcelo Oliveira passava as últimas instruções ao atacante Cristaldo quando a bola cruzada da direita encontrou a cabeça de Alecsandro e, posteriormente, a rede do Botafogo-SP, aos 15 minutos do segundo tempo. Parecia uma noite ingrata para o camisa 29, que precisou esperar a espalmada, os toques no travessão e no braço do goleiro Neneca para comemorar, abraçar e ser abraçado pelos companheiros no primeiro gol da vitória palmeirense,por 2 a 0, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto.
– Eu chamei todo mundo e todos foram. Nosso grupo é assim, um grupo de amigos – declarou Alecsandro, que havia feito um pequeno desabafo no intervalo da partida ao comentar as vaias que vinha recebendo dos torcedores. 
Ele admitiu que o time não fez uma boa apresentação na primeira etapa, reconheceu ser alvo de boa parte das críticas, mas que daria uma resposta aos menos pacientes.
Vou dar a volta por cima, a torcida ainda vai me aplaudir bastante
Alecsandro
– Eu sou pago para falar a verdade e jogar. Não estamos jogando bem, eu me incluo nisso. O torcedor tem que achar um culpado. O time não está bem. Como venho (mal) do ano passado, o pessoal está pegando no pé. Vou dar a volta por cima, a torcida ainda vai me aplaudir – disse.
O próprio técnico Marcelo Oliveira, que programara a saída de Alecsandro, saiu em sua defesa.
– Eu estava preparando o Cristaldo na vaga do Alecsandro, mas ele foi bastante feliz no cabeceio. Ele exerce várias funções e uma delas é preparar as jogadas para quem vem de trás. Embora o primeiro tempo tenha sido ruim para a nossa equipe, não acho que ele tenha ido tão mal assim – comentou o treinador, minimizando as vaias palmeirenses.
Com o gol, os três pontos e sem peso nas costas, Alecsandro voltou a falar ao final da partida, valorizando sua relação com o Palmeiras. Feliz pela renovação por mais um ano, ele declarou que negou três propostas de clubes brasileiros, uma delas até mais rentável, para seguir no grupo e jogar a Libertadores da América.
– Ao negar três propostas só do Brasil, e uma delas até melhor do que a do Palmeiras, num jogo como esse, vejo que fiz a escolha certa. Eu banquei jogar uma Libertadores, estar mais um ano com esse grupo – declarou Alecsandro, que elegeu o 31 de janeiro de 2016 como o segundo dia mais feliz da sua vida no Palmeiras.
Perdendo somente para o dia da sua chegada ao Palestra, ele comemorou ao dizer que iniciar a temporada fazendo gols "não poderia ser melhor".
– Depois da minha chegada, que foi uma felicidade muito grande, hoje é o segundo dia mais feliz da minha vida no Palmeiras. Todo time grande é assim. A cobrança sempre existirá. Se eu for escolhido, eles poderão me cobrar. Esse início de 2016, marcando gol, não poderia ser melhor.
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