O Palmeiras, ao lado do Athletico, não apareceu na lista de clubes com jogos a serem transmitidos pelo pay-per-view da Globo no próximo Campeonato Brasileiro. Uma ausência esperada, já que o contrato não foi renovado, mas que não será comentada oficialmente pelo Verdão, que segue em negociações e ainda aguarda avanço nas conversas.
- Existe uma negociação em andamento e, por isso, não iremos nos manifestar. Assim que houver uma definição sobre o assunto, iremos comunicar os nossos torcedores e o mercado - disse o presidente Mauricio Galiotte, através do departamento de comunicação do Palmeiras.O LANCE! apurou que as conversas entre Verdão e Globo seguem em curso, mas longe de um desfecho positivo. Dirigentes do Palmeiras, inclusive, alertam que não houve sequer evolução desde o final do ano passado.
Em novembro, Galiotte disse ao LANCE! que era real a possibilidade de o clube não ter partidas do Campeonato Brasileiro de 2019 transmitidas em canais de televisão aberta. Diante da falta de avanços significativos no cenário das negociações com a Globo, a chance ainda é grande.
O último acordo entre Palmeiras e Globo em jogos do Brasileiro se encerrou no final do ano passado. A diferença entre o valor pedido pelo clube e a oferta da emissora é muito grande. O Verdão bate o pé com números que apontam o valor de sua marca e, inclusive, o retorno de sua audiência, já que foi campeão brasileiro em 2016 e 2018 e vice em 2017. Por isso, acredita que merece receber mais pelos seus direitos de transmissão.
Ter o Verdão fora da TV aberta ou do seu sistema de pay-per-view afeta diretamente os planos da própria Globo no Campeonato Brasileiro. Sem acordo com o Palmeiras, a emissora não poderia transmitir nenhuma partida envolvendo o time, comprometendo a possibilidade de exibir partidas decisivas ou clássicos.
Por enquanto, o grupo do Esporte Interativo, que tem canais da TV fechada, é o único que tem as partidas do Verdão garantidas nas próximas seis edições do Brasileiro. Pelo acordo com o Esporte Interativo, o Palmeiras recebeu R$ 100 milhões para fechar este acordo - metade paga no fim do mandato de Paulo Nobre, e outra metade no início da primeira gestão de Maurício Galiotte, em 2017, como revelou o LANCE! na ocasião.