Dérbi com "fator revanche" impõe maior desafio a rodízio de Felipão


Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras

O rodízio de Luiz Felipe Scolari viverá o seu maior teste neste domingo. Além de ter o Corinthians como adversário, o técnico precisa conviver com os próprios atletas pedindo para jogar e com a ansiedade da torcida de estar cada vez mais perto da liderança do Brasileirão. Isso sem contar o sentimento de revanche ao encontrar o arquirrival em casa pela primeira vez depois da derrota na final do Paulista. 
Pela primeira vez desde a sua chegada, o técnico ouviu pedidos explícitos e públicos de seus jogadores por uma chance contra o arquirrival na partida no Allianz Parque. Os titulares que enfrentaram o Atlético-PR na última quarta-feira deixaram o estádio demonstrando vontade de estar na partida que deve ter quase 40 mil pessoas de público.

O jogo ainda significa uma chance de revanche para boa parte do elenco que sofre até hoje com os efeitos da derrota para o Alvinegro na final do Paulista, um jogo que ainda é disputado nos tribunais. Internamente, a diretoria vê como fundamental uma vitória contra os corintianos, mas descarta qualquer intervenção no trabalho do técnico.

A arrancada recente, aliás, já faz o torcedor voltar a sonhar com a briga pelo título brasileiro. Após a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-PR na quarta-feira (5), com os titulares em campo, as arquibancadas do Allianz Parque soltaram o grito de "é dia 9", em referência ao clássico com o Corinthians no domingo.

Alguns jogadores importantes, como Dudu, também manifestaram o interesse de jogar o dérbi, mesmo que Felipão tenha indicado que vai manter o rodízio e escalar reservas. O comandante, inclusive, chegou a dizer que não se importa pelo peso do adversário para exercer as suas trocas.
"Ele (Felipão) falou que vai ter um time mexido, mas ainda não sabe quem vai jogar. Quero jogar, gosto de jogo grande, gosto de jogo deste tamanho. Espero jogar domingo, estou bem", disse o atacante.

Desde sua chegada, Felipão tem adotado um sistema de rodízio. A prioridade inicial foi dada aos mata-matas da Copa do Brasil e da Libertadores, com os titulares sendo escalados principalmente nessas partidas. Já nos jogos de fim de semana do Brasileirão, o treinador sempre escalou uma equipe alternativa, cheia de reservas. Essa rodagem de atletas, que não vinha sendo exercida pelo antecessor Roger Machado, tem recebido elogios tanto externos quanto internos por motivar, valorizar e descansar o elenco.

O uso de reservas no Brasileiro, porém, não significou uma queda de rendimento do Palmeiras na competição. Pelo contrário: sob Felipão, o "time B" manteve um desempenho no mínimo comparável ao titular e acumulou bons resultados, que ajudaram o alviverde a figurar hoje na terceira colocação. Nomes como os zagueiros Luan e Gustavo Gómez, o volante Thiago Santos e o meia Lucas Lima têm tido ótimas atuações sempre que usados nessa formação alternativa.
Fonte: UOL
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