Sistema defensivo explica bom momento após Felipão chegar ao Palmeiras


Foto: Cesar Greco / Ag Palmeiras

O duelo contra o Internacional, neste domingo, pode fazer o Palmeiras chegar a marca de nove partidas consecutivas sem sofrer gol. A atual sequência já igualou uma marca de 1965, quando o Verdão ficou oito jogos sem ser vazado, mas o pensamento é chegar ao recorde de 1987, quando o time alviverde ficou zerado por 12 confrontos.
A marca coincide com a saída de Roger Machado do clube. De lá para cá, Wesley Carvalho venceu o Paraná Clube por 3 x 0, e Paulo Turra empatou sem gols com o Bahia. Felipão assumiu no empate em 0 x 0 com o América-MG e depois venceu Cerro Porteño (2 x 0), Vasco (1 x 0), Bahia (1 x 0), Vitória (3 x 0) e Botafogo (2 x 0).

– Com sinceridade, lógico que acompanho toda essa marca, esses números da história do Palmeiras. Mas eu penso jogo a jogo, não adianta pensar no 12º jogo se a gente está no oitavo ainda. Vamos pensar no Inter, no nono jogo. Passo a passo, a gente vai vendo o que pode acontecer – afirmou Antônio Carlos.

Mas, o que mudou tanto no Palmeiras que fez a equipe ter outro comportamento tão rapidamente? Os próprios jogadores evitam comparações com o trabalho de Roger Machado, mas ressaltam mudanças importantes com a atual comissão técnica.

– O difícil é fazer o fácil. Às vezes a gente quer inventar e não faz o feijão com arroz. Nosso posicionamento lá atrás, volante na frente da defesa, quando sai um zagueiro, o outro entra na cobertura, o lateral sai, o zagueiro entra na cobertura. Tudo isso é treinamento e nossa conversa ali dentro. Não é que o Roger estava errado e o Felipão está certo, são estilos diferentes. A gente comprou essa forma de jogar e está tendo resultado – disse Edu Dracena.

– É lógico que nenhum treinador quer tomar gol, mas o Felipão vem treinando algo diferente, algo específico na questão defensiva. Isso é fruto de todos, mérito não é só dos zagueiros ou do goleiro, é mérito da equipe, que tem feito bom trabalho. Que a gente possa tentar manter esse gol zerado por mais partidas – completou o goleiro Weverton.

A participação do sistema ofensivo na marcação do adversário também é destacada pelos palmeirenses.

– Desde o primeiro jogo, com o Paulo Turra, ele já vinha falando que tinha que marcar lá da frente. Que assim seria muito difícil entrar na nossa zaga. Nossa evolução parte disso. Desde o momento em que o Borja passa a marcar lá na frente, faz a bola chegar mais quebrada lá atrás. Ele bate muito na tecla da pressão na bola. Que a gente tire os espaços para a bola chegar quebrada lá atrás para tirar mais facilmente – avaliou Antônio Carlos, citando o trabalho com o auxiliar Paulo Turra, que atuou como zagueiro no Verdão em 2000.

Por causa do calendário apertado, Felipão resolveu adotar um rodízio entre os titulares. No sistema defensivo, por exemplo, Weverton foi o único que atuou em todos os jogos – só foi substituído por Jailson no intervalo da vitória contra o Vasco.

Os titulares vêm atuando com Mayke, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa, enquanto os reservas jogam com Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Victor Luis. Neste domingo, contra o Inter, há a possibilidade de Felipão poupar algumas peças, pensando na Libertadores.
Fonte: Globoesporte.com
Postagem Anterior Próxima Postagem