Róger Guedes é prioridade no Shakhtar para o lugar de Taison


Róger Guedes em ação durante jogo do Atlético-MG contra o Ceará (Bruno Cantini/Atlético-MG)

A saída de Róger Guedes do Atlético-MG é dada como praticamente selada. O jogador de 21 anos, que está emprestado ao alvinegro e tem contrato com o Palmeiras até março de 2021, já avisou à cúpula do clube mineiro que dificilmente segue na Cidade do Galo e, ao lado de seus representantes, trabalha para definir o seu futuro ainda nesta semana. Com ofertas na mesa, uma delas, em especial, é tratada com mais carinho por conta do sonho do atacante de atuar no futebol europeu: a do Shakhtar Donetsk.
Conforme apurado pelo UOL Esporte, o seu nome é uma das prioridades dos ucranianos no mercado, especialmente após o clube ser comunicado que um de seus destaques, Taison, pretende mudar de ares ao fim da Copa do Mundo.

O homem de confiança de Tite está em Donetsk desde 2013 e pretende aproveitar a valorização com a ida à Rússia para seguir o caminho de seu companheiro Fred, que assinou com o Manchester United, e também se aventurar em um país com mais visibilidade.

A princípio, ele ouviu que, com "a proposta correta, existe conversa".

A eventual saída de Taison abriria uma lacuna ainda maior na beirada de campo no elenco do técnico Paulo Fonseca. Bernard, cujo contrato está se encerrando, não irá renovar e anunciou o seu adeus. Outra baixa na frente foi a do argentino Facundo Ferreyra.

Róger Guedes é uma alternativa para o Shakhtar preencher esta lacuna e concretizar, assim, a volta por cima do atacante, que quase foi devolvido pelo Atlético-MG ao Palmeiras no início do empréstimo.

Negociação complexa

Os cartolas ucranianos têm consciência de que não estão sozinhos na parada: Al-Wehda, Al Hilal, Benfica, Porto e Stuttgart também demonstraram interesse pelo jovem jogador. Até o momento, as cifras giram ao redor de 7 milhões de euros (R$ 29 milhões).

O empresário Paulo Pitombeira, responsável por cuidar da carreira de Guedes, quer resolver o assunto com o presidente Sérgio Sette Câmara em Belo Horizonte até sexta-feira.

O Atlético-MG tenta manter o artilheiro do Brasileirão, com nove gols, pelo menos até dezembro. A chance é classificada como remota para não dizer nula.

O negócio é tido como complexo por envolver diversas frentes: o Palmeiras, que detém 25% dos direitos econômicos, mas possui a última palavra sobre o seu futuro e exige um valor mínimo para liberá-lo; o Criciúma, que manteve os outros 75%; e, claro, o próprio atleta e seus representantes.

Do outro lado da mesa, defendendo o Shakhtar, está o agente franco-argelino Franck Henouda, que fechou a compra da revelação palmeirense Fernando na semana passada. O empresário atua em sintonia com o novo diretor esportivo do clube, o português José Boto, que foi trazido do Benfica para a próxima temporada. Boto defendia a ida de Guedes para Lisboa.

Henouda é figura conhecida nos bastidores e foi um dos principais responsáveis pela legião de brasileiros que ficou famosa em Donetsk.

No aguardo de uma decisão, Róger Guedes já definiu que sua prioridade é se transferir para a Europa.
Fonte: UOL
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