Felipe Melo discorda de pedidos para a saída de Roger: 'Só pode ser político'

Coletiva Felipe Melo
Thiago Ferri
Para Felipe Melo, os pedidos para a saída de Roger Machado do Palmeiras "só podem" ter influência política. Em ano de eleição presidencial no clube, o meio-campista disse não fazer sentido a cobrança exagerada no treinador, que teve sua demissão pedida pela Mancha Alviverde em nota oficial.

- Acho que isso aí é política, não é possível. Não tem lógica pedir a saída de um treinador que está fazendo ótimo trabalho. Acabamos de nos classificar em primeiro geral na Libertadores, em um grupo que muitos falavam que seria difícil classificar. Às vezes falam que o Roger ficou sentado, que não cobrou do time e tal. Muita gente faz esse teatro e do lado de dentro não cobra. O Roger não é dessa maneira. Ele cobra muito, todos da mesma forma - defendeu.

- O erro faz parte. Ele vai errar, eu vou errar em decisões. Errei no jogo contra o Botafogo, o erro faz parte. O importante é a confiança que ele tem de nós, da diretoria e creio que dos verdadeiros torcedores também - acrescentou.

O texto da Mancha pedindo a saída de Roger foi publicado após a derrota para o Corinthians, no domingo - Felipe Melo, suspenso, não jogou. Antes da partida contra o Junior Barranquilla (COL), em que o camisa 30 foi poupado, a torcida organizada também gritou pela troca no comando - o restante do público no Allianz Parque vaiou a organizada. 

No intervalo, o time foi vaiado desta vez pela maior parte da arena - no fim, o Verdão venceu por 3 a 1 e garantiu a melhor campanha da Libertadores.

- Eu não fui ao jogo, fiquei em casa fazendo algumas situações no pé. Escutei vaias no intervalo, que não vieram nem da torcida organizada, mas da torcida normal. No início teve cobrança com o treinador. Entendo a raiva por perder um clássico. O cara às vezes esquece a razão e age com o coração. Mas a partir do momento em que você entra em campo, tudo isso tem que ficar para fora. Tem que gritar, cantar o nome do clube... Se não quiser cantar o nome do jogador, canta o do clube, Palmeiras, porco... Às vezes uma vaia para certos jogadores é transformada em força, para outros é de outra forma - contou. 

- A gente tem que voltar a estar mais junto da torcida e a torcida mais junto do Palmeiras. Isso é importante para nós e para os torcedores. Muitas vezes as pessoas não sabem o que está acontecendo aqui dentro, veem pela mídia, e não sabem a real situação. Esse grupo aqui tem vergonha na cara - reforçou.

FONTE: LANCE
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