TJD pode denunciar cusparada de Henrique e munhequeira de Felipe Melo


Confusão no dérbi causou expulsões de Clayson e Felipe Melo

Entre o jogo do último sábado e a finalíssima do próximo domingo, o dérbi entre Corinthians e Palmeiras terá seu segundo capítulo no Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista. O órgão responsável analisa imagens e cogita punições para envolvidos em confusões que marcaram o duelo de Itaquera, que acabou com vitória palmeirense por 1 a 0. Vale lembrar: não haverá julgamentos nesta semana, portanto possíveis punições ficam para a edição 2019. O único sob risco é Jaílson, que será julgado nesta terça por episódios ligados ao dérbi da primeira fase. 
Procurador geral do TJD, Wilson Marchetti deve concluir nesta terça a análise das imagens de todos os eventos. Além disso, o árbitro Leandro Bizzio Marinho foi contatado para prestar mais informações. Na visão da procuradoria, a súmula do dérbi foi superficial e deixou dúvidas. O fiscal da Federação Paulista presente no jogo também ajuda na análise que, entre outros, pode trazer punições para Felipe Melo e o corintiano Henrique.

Imagens da briga entre corintianos e palmeirenses com Felipe usando uma munhequeira entre os dedos da mão direita serão analisadas pelo TJD e podem complicar o jogador, que será julgado pela expulsão no clássico. O órgão quer descobrir se ele usou o acessório dessa forma de maneira premeditada, pensando em dar socos nos corintianos.

Entretanto, é possível ver o volante com a munhequeira na mesma posição em outros momentos do jogo, sem violência. É o caso da comemoração depois do gol de Borja na vitória por 1 a 0. Além disso, também será analisado quem foi o primeiro a agredir o adversário, Melo ou o corintiano Clayson.

"Ainda não vi os vídeos da briga, mas me falaram que ele estava com a munhequeira desse jeito (na mão, não no pulso). Pode ser agravante, sim, mas precisamos analisar primeiro, entender o que aconteceu", disse Antonio Assunção de Olim, presidente do TJD. Ele não quis detalhar o que pode acontecer antes de as imagens serem estudadas pelo tribunal.

A conduta do zagueiro corintiano Henrique no episódio chamou a atenção da procuradoria. À primeira vista, foi identificada uma possível cusparada do jogador em direção ao palmeirense Borja. "Nós precisamos esperar as imagens oficiais, que são mais claras, e não podemos nos precipitar, mas pareceu ter havido esse ato", confirmou Marcheti, procurador do TJD, que não encontrou detalhes nos registros de Bizzio Marinho. 

Na súmula do jogo, o árbitro declarou que Felipe Melo revidou agressão do alvinegro segurando o desafeto pelo pescoço com força excessiva. Mas uma das imagens da confusão mostra Melo tocando o rival antes. O palmeirense nega que tenha dado um soco em Clayson e diz que se defendeu segurando o adversário.

Confusões fora das quatro linhas também podem gerar punições

Não são apenas os episódios no gramado que dão trabalho à procuradoria, que verifica as condutas de uma série de jogadores. Além da confusão no campo, o órgão analisa possível arremesso de objetos no gramado e confusões na saída para o vestiário entre representantes dos dois clubes. Marcheti quer saber se o zagueiro corintiano Pedro Henrique se desentendeu com o preparador palmeirense Omar Feitosa.

Depois de o órgão examinar o material sobre o entrevero, provavelmente nesta terça, o TJD fará a citação dos envolvidos. No entanto, o julgamento só deve acontecer depois da decisão do título, marcada para o próximo domingo.

Vale lembrar ainda que, no ano passado, Melo usou uma proteção na mão quando deu um soco em Matías Mier, do Peñarol, em jogo pela Libertadores. Ainda em 2017, o palmeirense arremessou uma munhequeira na direção de Clayson em outra confusão entre ambos.
Fonte: UOL
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