Após a classificação do Palmeiras em cima do Santos, pela semifinal do Campeonato Paulista, o volante Felipe Melo, da equipe alviverde, aproveitou para rebater as polêmicas declarações do presidente alvinegro, José Carlos Peres, na manhã de terça.
Antes do confronto no Pacaembu, o dirigente disse que predominava no Palestra Itália um "clima de já ganhou" e um suposto "oba oba".
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| Gazeta Press |
"O Palmeiras está dizendo que está na final de domingo. E isso mexe no brio dos jogadores. Tenho certeza que, assim como honraram camisa no primeiro jogo, vão fazer valer a garra e a determinação para buscarmos a vitória e estarmos na final”, disse Peres, em reunião do Conselho Deliberativo, na Vila Belmiro.
Na zona mista do Pacaembu, Melo garantiu que isso jamais ocorreu.
"Eu vi muitas pessoas falando: 'Ah, tem 'oba oba' no Palmeiras. Aqui não teve 'oba oba' nenhum! Enquanto pessoas estavam falando de 'oba oba', nós acordamos cedo na segunda-feira e viemos concentrar", bradou.
"Não existiu em nenhum momento esse 'já ganhou'. Sabíamos da dificuldade que iríamos encontrar nesse segundo jogo, quiçá mais que no primeiro, pois o Santos viria pra cima buscar o resultado, e foi exatamente o que aconteceu", salientou.
Felipe também bateu de frente com uma declaração dada pelo técnico do Santos, Jair Ventura, que celebrou o fato do "Peixe" ter vencido um time de orçamento muito maior que o seu.
"Vencemos a equipe com o maior orçamento do Brasil jogando em casa, com a sua torcida. Construímos dois gols contra a melhor defesa da competição. Fazendo uma projeção para o ano, vamos encarar uma série de equipes, o Santos demonstrou que pode ser competitivo", ressaltou.
Em resposta, o volante salientou que dinheiro não ganha jogo, e chegou a comparar a situação atual do Palmeiras à do Paris Saint-Germain, um dos times mais ricos do futebol europeu.
"Esse assunto de investimento, se você olhar um pouquinho, vai ver que não significa nada. O PSG acabou saindo das oitavas da Champions League depois de tudo que gastou. Não existe isso de só porque gastou vai ser campeão. Tem que ralar o bumbum no chão", brincou.
"É claro que nosso grupo é importante, tem grandes jogadores, mas não adiante nada (o Palmeiras ter dinheiro) se um não correr pelo outro, não lutar pelo outro... Se não fizer isso, de nada adianta o tal investimento", finalizou.
O “Verdão” fechou 2016 com a maior receita de sua história: R$ 468,6 milhões. Foi a 3ª maior de todo o Brasil, atrás apenas de Flamengo e Corinthians.
O "Peixe", por sua vez, teve em 2016 uma receita total de R$ 295,8 milhões, ou R$ 172,8 milhões a menos que o rival alviverde.
Vale ressaltar, aliás, que os números de 2016 já ficaram para trás no Palmeiras.
No balanço de 2017, aprovado de forma unânime no fim de janeiro, a receita total foi de R$ 531 milhões, novo recorde absoluto da equipe.
Como o Santos ainda não divulgou o balanço de 2017, todavia, não é possível fazer nova comparação no momento.
FONTE: ESPN
