Árbitro dá sua versão sobre pênalti polêmico


Diante da reclamação intensa dos palmeirenses, o árbitro Raphael Claus concedeu entrevista coletiva na Arena Corinthians, quase duas horas após o fim do Dérbi, para explicar o lance do pênalti de Jailson em Renê Júnior. A partida estava em 1 a 0 para o Corinthians. Jadson desperdiçou a cobrança, mas Clayson (em outro pênalti, 20 minutos depois) decretou a vitória corintiana por 2 a 0, pela nona rodada do Campeonato Paulista.
A reclamação se deu porque Claus não apitou o pênalti no momento do choque entre Jailson e Renê Júnior. A jogada continuou, e ele só marcou depois de ver a marca de sangue na perna do volante do Corinthians. Claus negou que tenha sido avisado pelo quarto árbitro via rádio, como chegou a se especular durante o jogo.

– Aconteceu uma dividida forte, dentro do campo. Visualizo uma dividida entre Jailson e Renê. Tenho uma sensação de impacto, mas sem convicção pra marcar. A jogada continua, numa situiação iminente de gol. Quando a bola sai, eu me aproximo do Renê e vejo dois buracos na coxa do Renê. Quando visualizo, tenho uma noção de que foi uma entrada com as travas da chuteira, e quando visualizo ,tenho convicção de que teria de ser expulso, por força excessiva. O jogo não havia sido reiniciado e tinha de marcar a penalidade – disse Claus.

– A decisão foi totalmente minha, tive essa percepção da jogada, mas pela velocidade do lance não deu para ter 100% – completou o árbitro.

Questionado por um repórter de que a regra diz que não há vantagem em lance de pênalti, Claus respondeu:

– Está coberto de razão, a não ser que o jogador esteja embaixo do gol com conidção de fazer o gol tranquilamente. Mas nao dei vantagem. Minha dúvida era sobre a infração, se tivesse convicção teria marcado (logo de cara). Não houve vantagem.

Sobre as críticas pesadas dos jogadores do Palmeiras, Claus disse:

– O que os jogadores dizem, não sendo para mim, fica à disposição de todos. A abordagem do Alexandre (Mattos, diretor de futebol do Palmeiras) e do presidente Andrés (Sanchez, do Corinthians) foi uma abordagem tranquila, sem agressividade.
 Fonte: Globo Esporte
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