Derrota do Palmeiras em Curitiba é alerta para Roger Machado em 2018


Roger durante a apresentação no Palmeiras (Foto: Tossiro Neto)

Fernando Prass alertou ao fim da partida contra o Atlético-PR, no último domingo, que a derrota por 3 a 0 em Curitiba pela última rodada do Campeonato Brasileiro precisa servir como lição para a próxima temporada.
O desempenho abaixo do esperado, mesmo que o objetivo de conquistar o vice-campeonato nacional tenha sido alcançado, mostra que Roger Machado terá problemas a corrigir na equipe para 2018.

Veja onde o Palmeiras precisa melhorar:

Vacilos defensivos


Deu tudo errado para o Palmeiras no primeiro tempo contra o Atlético-PR. Com uma defesa posicionada avançada e em linha, o time alviverde ficou muito exposto ao contra-ataque, principalmente pelo baixo poder de recuperação dos laterais e da dupla de zaga. Na prática, foram três gols sofridos e a sensação de que o Furacão poderia ter aumentado a vantagem.

Yerry Mina sempre foi considerado titular absoluto e peça importante no time titular. Teve muito destaque na campanha do Brasileirão do ano passado. Mas o ano de 2017 mostrou o colombiano com uma irregularidade que comprometeu o setor. Em Curitiba, por exemplo, ele perdeu o tempo da bola no lance do pênalti em Ribamar e depois não conseguiu alcançar o cruzamento para o gol de Sidcley.

Do outro lado da defesa, Luan entrou na vaga de Edu Dracena e também não foi bem. Assim como Juninho também não correspondeu na última oportunidade como titular. Ou seja, a procura do clube no mercado por opções para o sistema defensivo se justifica – Emerson Santos, do Botafogo, já está contratado.

Os problemas nas laterais já foram identificados pela diretoria, tanto que o Verdão já anunciou a chegada de Diogo Barbosa para o lado esquerdo e quer Rafinha, do Bayern de Munique, para o lado direito.

Falta de criatividade

Não se sabe qual número Lucas Lima irá usar no Verdão em 2018, mas é inegável que o meia será titular e peça muito importante na armação das jogadas ofensivas palmeirenses. Moisés voltou de lesão como aposta para assumir essa função, e foi muito bem nas primeiras partidas, mas caiu muito de produção na reta final.

Sem um clássico camisa 10 para distribuir o jogo, o time de Alberto Valentim perdeu organização contra o Atlético-PR e não teve força para furar a boa retranca dos donos da casa. Em desvantagem, o time pouco criou e manteve o clima apático até com a entrada de Guerra.

A força principal do Palmeiras de Alberto Valentim veio dos pontas. Com velocidade e dribles, Keno e Dudu viraram referência de um ataque que fechou o Brasileirão como o mais produtivo, com 61 gols. Mas o excesso de bolas cruzadas para a área foram marcantes nas derrotas contra Vitória e Atlético-PR, que o próprio treinador avaliou como as piores do seu comando.

Com bola no chão, o Verdão tem características para buscar novas formas de jogo. É uma necessidade buscar outras variações para um time com boas opções para o setor.
Fonte: Globo Esporte
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