“Parça” de Neymar pode levar Lucas Lima para o Palmeiras


Lucas Lima com a camisa do Palmeiras pode parecer inimaginável para algumas pessoas, mas, a possibilidade existe e não está tão longe de se concretizar. A Gazeta Esportiva apurou que Neymar pai, representante do jogador, tem negociando com o clube alviverde há alguns meses e estaria usado o empresário João Celso Moraes, um dos “parças” de Neymar Jr e também muito amigo do meia santista, como intermediário nas tratativas diretas com Maurício Galiotte, presidente palmeirense. Alexandre Mattos, diretor de futebol, e Leila Pereira, conselheira e responsável por injetar a maior receita de patrocínio do país no clube da Capital, estão em plano secundário nesse caso, assim como Edson Khodor e Wagner Ribeiro, empresários do atleta.

Em conversas informais, já há um consenso sobre valores. Galiotte está disposto a pagar luvas milionários e um salário que praticamente dobra o que Lucas Lima pode ganhar se continuar no Santos em 2018. O Alvinegro Praiano apresentou uma proposta oficial de R$ 41 milhões, que envolve metas e aumentos de salário sucessivos ano a ano em um vínculo até o fim de 2020. Modesto Roma Júnior, mandatário santista, segue no aguardo de uma resposta de seu atual camisa 10 e chegou até a ponderar que Galiotte “não o trairia”, porém, já não esconde mais o clima de pessimismo quanto ao tema.
Procurada pela reportagem, a N&N Consultoria, empresa de Neymar pai e que tem a representação de Lucas Lima, não chega a negar que esteja em contato permanente com o Palmeiras, prefere salientar que o jogador “recebeu várias propostas que estão sendo analisadas” e avisa que “até o final de outubro e meio de novembro” haverá uma definição.

João Celso Moraes, que também trabalha com André Cury, famoso empresário ligado a família de Neymar desde o início da carreira profissional do craque do Paris Saint-Germain, garante que sua relação com Lucas Lima é apenas de amizade, sem qualquer ligação profissional. Enquanto isso, o Palmeiras, por meio de sua assessoria, diz que “não comenta especulações”.

Apesar da disposição de Maurício Galiotte em contratar o meia canhoto e de Lucas Lima ter se interessado pela oferta palmeirense, a rejeição de boa parte da torcida alviverde pode pesar contra o acordo. O clássico entre Palmeiras e Santos, disputado no último fim de semana, no Allianz Parque, provou mais uma vez que as seguidas provocações de Lucas Lima, a maioria por meio de redes sociais, não foram esquecidas. Muitos torcedores do Palmeiras ‘perseguiram’ o jogador durante o embate e deixaram claro que a relação não é das melhores.

Antes mais confiante de que poderia reverter esse quadro rapidamente com boas atuações, Lucas Lima agora se mostra mais receoso depois do que presenciou na casa alviverde, principalmente ao perceber que não deve contar com muita paciência da torcida para mostrar seu melhor futebol.

Com isso, o antigo desejo do meia em atuar fora do país só cresce. Agora, até mesmo mercados secundários do exterior, como Ásia e Leste Europeu, são levados em consideração, algo antes evitado pelo atleta, que chegou a recusar salário de quase R$ 5 milhões oferecidos por um time chinês em janeiro de 2016. Lanterna da Premier League, o Crystal Palace, já manifestou interesse em Lucas Lima, assim como os turcos do Fenerbahçe e os chineses do Guangzhou Evergrande, equipe que é treinada por Luiz Felipe Scolari.

Na balança de Lucas Lima está sua idade – 27 anos completos -, o sonho de jogar no exterior, a visibilidade para tentar uma vaga na Copa do Mundo de 2018 com a Seleção Brasileira, as vantagens financeiras do novo contrato e a aceitação dos torcedores no caso de uma transferência entre clubes rivais, como pode acontecer se o meia deixar o Peixe para jogar no Palmeiras.

Tudo leva a crer que após 31 de dezembro o jogador dará adeus a Vila Belmiro para novos desafios fora da Baixada Santista. Ao Santos, restaria o consolo de deter 10% dos direitos econômicos do atleta, mesma parcela da empresa Khodor Soccer, de propriedade de um dos empresários de Lucas Lima, Edson Khodor. O restante, 80%, é do fundo de investimento Doyen Sports.

Fonte: Gazeta Esportiva
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