Como Felipe Melo passou de referência a reserva no Palmeiras


A notícia que agitou o fim de semana do Palmeiras acabou se confirmando um pouco antes das 16h do último domingo, quando o Verdão divulgou a escalação do time que entraria em campo para enfrentar o Atlético-MG sem a presença do volante 
Felipe Melo entre os titulares. Mas quais os motivos que fizeram Cuca optar por uma mudança importante no esquema tático palmeirense? A resposta é bem direta: para dar mais proteção e mais mobilidade ao setor que, desde o ano passado, vinha sendo o diferencial palmeirense.

Com qualidade técnica e muito querido pelos torcedores, Felipe Melo vinha se destacando no time de Eduardo Baptista pelo bom passe e pela ligação eficiente da defesa com o ataque. Por diversas vezes ele foi importante em lançamentos e ajudou a quebrar a retranca dos adversários. Não à toa ficou entre os melhores do Paulistão, eleito para a seleção do torneio. Mas a participação defensiva precisou de evolução ao longo do ano.

Mesmo com destaque – quando chegou até a atuar como zagueiro contra Ponte Preta, São Paulo e Internacional –, o jogador não conseguiu manter o mesmo vigor físico em disputas individuais. Na técnica e na experiência ainda pode levar vantagem contra o adversário, mas a velocidade é algo que Cuca bate muito na tecla ao montar seu meio de campo.

O treinador chegou a elogiar em entrevista coletiva após o empate com o Atlético-MG o poder de cobertura que o seu time ganhou com a escalação de Thiago Santos. Uma equipe com Zé Roberto, Edu Dracena e Felipe Melo pode até ganhar em experiência e qualidade técnica, mas perde em agilidade e recuperação na cobertura.

O Palmeiras de 2016 campeão brasileiro com Cuca tinha como característica principal a versatilidade do seu meio de campo. Moisés e Tchê Tchê eram titulares absolutos, com uma variação: Cleiton Xavier nas partidas mais abertas e Thiago Santos escalado quando havia a necessidade de proteger mais a defesa.

Contra o Galo, por exemplo, o treinador se aproximou dessa ideia com Thiago Santos como primeiro volante, com Tchê Tchê e Guerra mais avançados. Os números mostram o aumento de produção defensiva, mesmo que Felipe Melo também apareça com destaque nas roubadas de bola: o novo titular tem média de três por jogo (seis em duas partidas) no Brasileirão contra duas (quatro em duas partida) do agora reserva.

Na segunda-feira, no primeiro dia de trabalho após a reserva, Felipe Melo e Cuca conviveram normalmente no campo 2 da Academia. O treinador promoveu uma atividade em campo reduzido com o grupo, sob chuva, e o volante esteve em campo durante todo o trabalho. Mais cedo, porém, o jogador já havia postado mensagem enigmática em uma rede social, o que acabou dividindo torcedores palmeirenses.

Para o jogo de quarta-feira, a situação de Felipe Melo ainda é uma incógnita. Agora opção no banco de reservas, o atleta aguarda a recuperação física dos titulares para saber qual equipe o treinador mandará a campo para enfrentar o Coritiba, no Couto Pereira.
 Fonte: Globoesporte.com
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