Análise: com posse falsa, Palmeiras volta a sofrer contra defesa fechada


Palmeiras até melhorou na etapa final, com Raphael Veiga mais recuado, ajudando na saída de bola

Foi assim contra Botafogo, Ituano, Corinthians (após expulsão de um jogador rival), Jorge Wilstermann... Como nesses jogos, o Palmeiras voltou a ter dificuldade na noite da última quarta-feira ao encontrar uma defesa bem fechada. Se conseguiu vencer algumas vezes no sufoco nessas condições, desta vez deixou o estádio Moisés Lucarelli derrotado por 1 a 0 pela Ponte Preta, na última rodada da primeira fase do Campeonato Paulista.
A estratégia da equipe da casa, treinada novamente por Gilson Kleina, foi clara desde o apito inicial: uma marcação média, muitas vezes baixa, à espera de contra-ataques. Deu certo. Mesmo com mais posse de bola, o time de Eduardo Baptista, armado mais uma vez no esquema tático 4-1-4-1, criou e finalizou menos do que os donos da casa até o intervalo.

Mesmo assim, a chance de maior perigo nos primeiros 45 minutos foi alviverde, um chute de fora da área de Raphael Veiga que acertou o travessão. Jogando como meia por dentro, mais próximo de Róger Guedes pela direita na segunda linha de quatro, ele ainda mostrou qualidade em alguns passes e lançamentos.

No retorno ao segundo tempo, ainda que sem substituições, o Palmeiras apresentou uma ligeira melhora. Veiga passou a atuar um pouco mais recuado, buscando o jogo ao lado de Felipe Melo. Dudu ficou centralizado, encarregado da armação, com os pontas alternando de posicionamento com o falso 9 Willian.

O Palmeiras fez uma blitz ofensiva e, mais perto da área adversária, deu algum trabalho à Aranha até os 26 minutos, quando Zé Roberto perdeu de William Pottker na disputa, cometeu pênalti – convertido pelo próprio atacante – e recebeu o segundo cartão amarelo.

Eduardo Baptista acertou o lado esquerdo com a entrada de Egídio no lugar de Raphael Veiga e substituiu Dudu por Hyoran (inscrito apenas na semana passada na competição). Envolvido pela superioridade numérica adversária, o Palmeiras teve raros momentos no ataque. Mas um deles quase resultou no empate,com o estreante Hyoran, que entrou bem e teve um chute cruzado defendido por Aranha.

Fica de alento ao palmeirense a boa atuação de Hyoran. Mas fica também o alerta para quando voltar a encontrar defesas fechadas, como pode acontecer novamente já neste final de semana, diante do Novorizontino, pelas quartas de final do campeonato.
Fonte: Globoesporte
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