Palmeiras sub-19 ganha toque do Warriors


Palmeiras recebeu funcionário do Warriors (Divulgação/Palmeiras)

O aprendizado com o funcionário de uma das franquias da NBA mais bem sucedidas no desenvolvimento de jogadores nos últimos anos é o mais novo trunfo do sub-19 do Palmeiras. No último dia 17, Casey Hill, técnico do Santa Cruz Warriors, time da D-League filiado ao Golden State Warriors, comandou uma clínica promovida pela Liga Nacional de Basquete no ginásio do Verdão e usou as joias do clube como “cobaias” para seu treino.

A D-League é uma espécie de liga inferior que as franquias da NBA usam para desenvolver promessas, para recuperar lesionados e para testar diferentes jogadores em diferentes funções dentro de quadra. A equipe de Santa Cruz, campeã em 2015, já utilizou deste modo Kevon Looney, novato do time de Golden State da última temporada, além de ter recebido Mike Dunleavy, do Chicago Bulls, e Cliff Alexander e Luis Montero, do Portland TrailBlazers em 2015/2016.

A excelência de um funcionário do atual vice-campeão da NBA foi bem recebida no Palmeiras. Para Yago, visto como a principal promessa do sub-19 do Verdão, a intensidade foi a principal exigência de Hill durante a clínica.

– Ele falou tanto da parte tática quanto da técnica, mas acho que mais da parte tática. É diferente lá, muito mais intensa. O Filé pegou algumas jogadas para fazermos também. É difícil reproduzir aqui, porque os atletas americanos são mais rápidos, não é fácil de adaptar para o nosso estilo de jogo – comparou Yago, à coluna.

Ao dizer “Filé”, a joia alviverde refere-se a Felipe Santana, técnico do sub-19 do Palmeiras. O treinador também aprovou a iniciativa e contou o que pretende incorporar em seu trabalho com as joias do clube depois de assistir à clínica.

– Alguns detalhes que se encaixam na minha equipe. Algumas situações já começamos a treinar, dentro do nosso plano estratégico. Mas aproveito esse tipo de evento mais para revisar o nosso próprio modelo de jogo. Por mais que eu não vá utilizar diretamente algumas coisas, você aproveita para rever alguns ajustes, comparar o estilo de treinamento que colocamos aqui com o de fora – contou, também à coluna.

A postura de Filé é perfeita. Para que esse típico de clínica dê certo, é preciso que os treinadores brasileiros tenham humildade e estejam dispostos a aprender. Mesmo que o treino ministrado por Cliff não fosse tática ou tecnicamente impressionante, às vezes a diferença está em questões menos óbvias, como a intensidade, a forma de exigência e o tratamento ao jogador.

A clínica com o funcionário do Warriors é mais uma bola dentro da Liga. Que os treinadores brasileiros saibam aproveitar a oportunidade como Filé parece disposto a aproveitar.
Fonte: LANCE!Net
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