Análise: em jogo sem brilho do Palmeiras, só projeto Libertadores valeu a pena


Willian teve de fazer o papel de Borja no ataque do Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras)

Se o principal objetivo de Cuca foi priorizar a disputa da Libertadores, o Palmeiras volta de Chapecó neste domingo sem dar muita importância ao tropeço em Santa Catarina, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Mas, se a ideia do treinador também era conhecer mais o elenco e analisar possíveis opções para o time, a derrota por 1 a 0 na Arena Condá mostrou alguns problemas.

Só com Fernando Prass, Tchê Tchê e Willian em campo da formação principal, o treinador optou por mandar a campo uma formação alternativa e com caras novas contra a Chapecoense. Na teoria, o desenho tático da equipe pouco foi alterado, com variações de uma formação com dois volantes de mais marcação – Thiago Santos e Tchê Tchê – para uma linha de quatro no meio ou três atacantes.

Sem um centroavante para substituir Borja, coube a Willian fazer a função de referência na frente. Ou pelo menos tentar. Com pouco auxílio dos pontas e dos meias, o atacante, que é o artilheiro do Palmeiras com oito gols, só apareceu com perigo no início do segundo tempo, quando bateu cruzado e Jandrei fez boa defesa.

De fora, Cuca tentou orientar o posicionamento da equipe e procurou colocar o time no jogo. Mas nem o banco de reserva, ainda mais desfalcado e com apenas seis opções de linha, foi capaz de dar mais inspiração a um apático e pouco ágil setor ofensivo. Para piorar, um contra-ataque da Chapecoense pegou a defesa palmeirense desmontada e definiu a vitória dos catarinenses, em gol de Luiz Antônio.

A tal da famosa "dúvida" na cabeça de Cuca que poderia ser deixada pelos reservas, algo que foi muito comentado durante a semana na Academia de Futebol, não ocorreu. A derrota não trouxe nada de muito destaque individual, além de uma estreia satisfatória do zagueiro Juninho.

O peso das ausências de Jean, Mina, Guerra, Borja e Dudu acabou fazendo a diferença, a favor dos catarinenses. Na quarta-feira, com time 100% e diante da "obsessão" da torcida, a expectativa é totalmente diferente.

– Também não era garantia de vitória se viessem (os titulares), mas ficaram trabalhando numa condição em que quarta-feira estarão 100%. Tomara que lá na frente a gente recupere esses pontos perdidos aqui (em Chapecó) – disse o treinador.

Para avançar na Libertadores, o Palmeiras pode até ser derrotado por um gol de diferença contra o Atlético Tucumán. A vaga para as oitavas de final da competição internacional pode vir até em caso de tropeço contra os argentinos por dois ou mais gols desde que o Peñarol, já eliminado, vença o Jorge Wilstermann, que ainda tem chances de classificação.
 Fonte: Globo Esporte
Postagem Anterior Próxima Postagem