Finalizações ruins e Barrios expõem dificuldades do Palmeiras no ataque


Passados quatro jogos neste início de temporada, sendo dois amistosos e dois pelo Campeonato Paulista, já é possível notar uma dificuldade para o recém-chegado técnico Eduardo Baptista. Seu time não tem concluído bem as oportunidades que cria.

Na derrota de para o Ituano, foram nove finalizações (seis para fora, duas bloqueadas pela zaga e apenas uma no gol, defendida pelo goleiro). Na estreia da competição estadual, foram seis conclusões desperdiçadas (três para fora, uma bloqueada e duas defendidas). Foi um arremate de fora da área de Tchê Tchê que definiu a vitória sobre o Botafogo.

Tchê Tchê, que fraturou o ombro e vai ficar pelo menos mais três semanas parado, é o palmeirense que mais ameaçou os adversários neste ano, com cinco finalizações em três partidas, seguido por Felipe Melo, outro que costuma arriscar de longa distância. Uma mostra também da dificuldade da equipe, que tem boa posse de bola, em furar marcações.

Nas ocasiões em que os atacantes conseguem ser acionados com alguma liberdade dentro da área, o desfecho das jogadas não tem sido o melhor. No último domingo, Willian, mais uma vez escalado como referência, chutou duas vezes pela linha de fundo. Róger Guedes finalizou uma vez para fora, e Keno, que entrou no segundo tempo, cabeceou rente à trave.
– Até pelo meu porte físico, não tenho tanta altura quanto o Alecsandro e o Lucas, que têm mais facilidade de segurar – disse Willian, uma semana antes, ao ser questionado sobre a dificuldade principalmente em receber bolas longas de costas para os zagueiros.

O exemplo que melhor ilustra a dificuldade ofensiva é o empate com a Ponte Preta, em amistoso disputado às vésperas do Paulista. O Palmeiras teve ao todo 19 finalizações. Somente quatro delas foram ao gol: duas na trave, uma defendida pelo goleiro e outra que terminou na rede, em cabeceio de Lucas Barrios, que antes havia perdido chance incrível de marcar.

Embora seja até aqui o único atacante com gol e tenha ido bem no jogo-treino de segunda-feira, o paraguaio é atualmente a última opção no setor. Ele nem relacionado foi para a partida em Itu. Alecsandro, outro concorrente de Willian na posição, deslizou em entrevista recente, ao questionar a busca pelo agora contratado Miguel Borja, e não se destacou ao entrar na etapa final dos dois últimos jogos. 

Como solucionar a deficiência do ataque? Eduardo Baptista recebeu um grande "presente" com a chegada de Borja, porém o colombiano não está inscrito no campeonato estadual e só deve estrear na Taça Libertadores, em março. Até o ex-jogador do Atlético Nacional ficar apto a atuar, talvez a saída seja calibrar a pontaria dos que estão à disposição.
Fonte: Globoesporte
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