Verdão será forte candidato ao título do BR se não repetir os erros de 2017

Palmeiras x Boca
Cesar Greco / Palmeiras
Trocas de treinador, Cuca x Felipe Melo, Borja em má fase... Quase tudo o que poderia ter dado errado para o Palmeiras em 2017, deu. E mesmo assim o clube terminou o Brasileirão como vice-campeão. Na era dos pontos corridos, só a campanha do título de 2016 foi superior a essa. Se souber entender as lições deixadas pela temporada passada, o Verdão será forte candidato ao título de 2018, que começa para o clube nesta segunda, às 20h, contra o Botafogo, no Engenhão.

Se tudo tivesse transcorrido em paz, o Palmeiras teria boas chances de tomar o título do Corinthians. Talvez essa seja a maior lição deixada pelo ano que passou: quanto menos problemas aparecerem na Academia de Futebol, maior será a probabilidade de vencer. Blindar o elenco e a comissão técnica depois de toda a confusão da decisão estadual parece ter sido uma boa estratégia neste aspecto.

O principal, o Palmeiras já tem: o elenco montado por Alexandre Mattos é, de novo, um dos melhores do país. O clube não tem (pelo menos por enquanto) um time titular amplamente superior aos seus principais adversários, tanto que acaba de perder uma final para o Corinthians, mas tem peças de reposição difíceis de encontrar em outras equipes. Edu Dracena, Thiago Santos, Moisés, Guerra, Keno... É difícil ver atletas desse nível no banco dos concorrentes. Para um torneio de pontos corridos, faz toda a diferença.

Clima turbulento à parte, a diretoria avalia que o maior erro de 2017 foi dar prioridade total à Libertadores e até à Copa do Brasil. Quando voltou-se apenas para o Brasileirão, o Palmeiras já estava 15 pontos atrás do Corinthians - a diferença chegou a diminuir no fim, mas não foi possível superar o rival.

Cuca escalou uma equipe completamente reserva já na segunda rodada do Brasileirão, na derrota por 1 a 0 para a Chapecoense, preservando os titulares para o jogo contra o Atlético Tucumán (ARG), na fase de grupos da Libertadores. A derrota em casa para o Atlético-PR, por 1 a 0, último jogo antes da queda para o Barcelona de Guayaquil (ECU) e também com suplentes, é outra bastante lamentada. 

Antes mesmo de definir Roger Machado como treinador, os dirigentes já haviam avisado internamente que não se deve mais colocar nenhuma competição em segundo plano. Se for para preservar atletas em partidas que antecedem confrontos decisivos de mata-mata, que sejam apenas os mais desgastados. Isso já foi colocado em prática às vésperas do Dérbi que decidiu o Paulistão, quando Roger sacou apenas os titulares mais desgastados do jogo contra o Alianza Lima, pela Libertadores - e venceu por 2 a 0.

Os acontecimentos da última semana fizeram o volume de algumas cornetas aumentarem no Allianz Parque, mas Roger Machado faz trabalho promissor até o momento e tem o respaldo da diretoria.
FONTE: LANCE
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