Membros da arbitragem da final do Paulista depõem no TJD-SP; Defesa do Palmeiras vê incoerências

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Divulgação
A grande polêmica da final do Campeonato Paulista começou a ser examinada pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo. O TJD coletou individualmente o depoimento de toda a equipe de arbitragem nesta terça-feira (17).

Diante das versões apresentadas, a defesa do Palmeiras vê incoerências e pediu até advertência por falso testemunho ao quarto árbitro Adriano de Assis Miranda por conta de uma contradição em seu depoimento.

O mérito que ainda será julgado - nesta terça foram coletados apenas os testemunhos dos membros da equipe de arbitragem - tem como objetivo definir se houve, ou não, interferência externa no pênalti anulado minutos após ser anotado por Marcelo Aparecido de Souza, de Ralf em Dudu.

Em depoimento, o próprio Marcelo Aparecido de Souza, árbitro da partida, explicou o lance polêmico.

“Estava bem posicionado e vi o toque do atleta no adversário. Ele (quatro árbitro) me diz depois que comunicou 'canto', mas não ouvi. No momento em que me afasto, vejo os jogadores do Corinthians me apontando o quarto árbitro. Nesse momento eu o ouço falar 'canto'. (...) Por ser uma decisão que pode mudar o campeonato, no calor da partida, a gente nem consegue perceber que demorou tanto tempo assim. Eu já havia decidido a marcação do pênalti, quando chega a informação... Eu começo a tentar descobrir quem me falou (no rádio). Eu procurava para saber de quem tinha vindo a informação de 'canto'. O quarto árbitro estava de costas, contendo o banco do Corinthians. Procurava saber de quem era essa informação”, disse o juiz, em depoimento ao TJD-SP. Marcelo Aparecido ainda completou.

“A marcação foi imediata, dentro do campo de jogo. Eu pergunto o que é que foi, mas eles também não me ouvem no rádio. Jogadores de ambas as equipes acabam bloqueando nosso contato. Decisão final é minha, mas foi falado no nosso plano para o quarto árbitro ficar com visão lateral. Eu já tinha decidido do pênalti, mas quando chega informação de um membro da equipe de arbitragem, preciso constatar se era realmente aquilo que ele tinha visto. (O momento em que me convenci que se equivocou na decisão de marcar o pênalti) foi quando ele, olhando nos meus olhos, diz que, para ele, toca a bola, mas que a decisão era minha. Eu sabia que ele tinha uma melhor posição. Durante a partida, não sei exatamente onde ele se encontra, mas sei que ele se encontra na lateral porque combinamos isso”.

Um dos pivôs da polêmica da suposta interferência externa, o diretor de arbitragem da FPF, Dionísio Roberto Domingos, também foi ouvido pelo tribunal e explicou a sua versão dos fatos, dizendo inclusive que estava em campo como “tutor”, não como coordenador de arbitragem da Federação.

“Pela importância da partida, entendemos que deveria ter dois tutores. Estava juntamente com o José Henrique. Eu estava atrás do banco, que é o local onde ficamos. Tem o túnel e, mais à frente, colocam um banco para tutor e delegado. Estávamos ali. (...) Quando houve aproximação de muitos jogadores, fiz pequeno deslocamento apenas para verificar o que estava acontecendo. Eu só observei. Em nenhum momento (disse algo). Não (trocou nenhum tipo de olhar com o juiz), nenhum , até porque a distância é enorme. Em nenhum momento (houve contato). Estava verificando o tumulto, fui apenas para observar. Em nenhum momento houve contato com nenhum elemento da arbitragem. (...) Fiquei observando (a execução da súmula), porque o relatório é exclusivo do árbitro, mas sem participação efetiva. Estava no vestiário após a partida”.

Diante dos depoimentos colhidos durante quase oito horas nesta terça-feira (17), o TJD-SP vai começar a julgar o mérito para, enfim, determinar se houve, ou não, interferência externa na arbitragem da final do Campeonato Paulista.

FONTE: ESPORTE INTERATIVO
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