FPF vai rever regra sobre mandos de jogos em 2019 após queixa do Palmeiras


Foto: Rivaldo Gomes/Folhapress

Depois de o Palmeiras reclamar da mudança de mando favorecendo o Corinthians contra o Bragantino nas quartas de final do Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos combinou com os clubes de rever a regra sobre alteração de locais das partidas para o próximo Campeonato Paulista.
Maurício Galiotte, presidente palmeirense, protestou durante o encontro que definiu a tabela dos mata-matas, o que gerou discussão com o corintiano Andrés Sanchez. Bastos, mandatário da federação estadual, precisou intervir.

Procurado, o departamento de comunicação da FPF confirmou ao blog que a entidade e os clubes acordaram rever esse ponto do regulamento para a próxima temporada.

Apesar de ter se queixado do fato de o Corinthians jogar como visitante com o Bragantino no Pacaembu, sua segunda casa, o Palmeiras não reclamou quando foi beneficiado por situação semelhante. Em 2015, na primeira fase da competição, o Audax mandou seu jogo no Allianz Parque, território alviverde.

Galiotte, na ocasião, era vice-presidente do clube. Nessa condição ele teve atuação destacada no departamento de futebol. Pelo menos publicamente, o dirigente não se posicionou contra a medida na ocasião.

Em sua defesa, o cartola tem o fato de que não representou o clube nas reuniões para discutir o regulamento em 2015. E que como não era presidente, não cabia a ele se posicionar oficialmente sobre o tema. O alviverde era presidido por Paulo Nobre.

Galiotte se diz contra inversões de mando ou situações que se aproximam disso tanto nos mata-matas como na primeira fase. Sua alegação é de que há quebra do equilíbrio técnico da competição. Com esse argumento, ele tentou já na reunião que discutiu o regulamento de 2018 que fossem vetadas atitudes como a do Bragantino nas quartas de final. O time do interior pediu para mandar sua partida diante do Corinthians no Pacaembu em busca de renda melhor. Vencido, o palmeirense voltou a se manifestar no encontro que discutiu as quartas de final.

Na primeira tentativa de barrar a mudança de mando, o Galiotte ouviu da federação que se clubes fossem impedidos de mandar partidas fora de suas cidades, o Santos não poderia atuar na capital, onde tem jogado, além da Vila Belmiro.

Em 2017, o beneficiado foi o São Paulo, que enfrentou o Linense duas vezes no Morumbi pelas quartas-de-final. Galiotte já era presidente do Palmeiras e falou em desequilíbrio, mas foi menos enfático do que no caso corintiano. ''Eu enxergo que tem um desequilíbrio, mas a escolha é deles. O Palmeiras tem que pensar no Novorizontino, não tem que opinar sobre outros jogos'', disse ele na ocasião.

Procurada, a assessoria de imprensa do clube informou que o presidente palmeirense não comentaria sobre seu posicionamento nesses episódios.
Fonte: Blog do Perrone
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