Ídolo palmeirense, o goleiro Fernando Prass está otimista em relação a sua renovação de contrato. Em evento de uma de suas patrocinadoras, ele disse que "as coisas estão bem encaminhadas" para que ele siga no Palmeiras em 2018.
"Pelo que o presidente falou, as coisas estão bem encaminhadas. A intenção dele é que eu fique e a minha é ficar. Então, vamos ver se a gente consegue bater o martelo o mais rápido possível", disse o goleiro.
Prass ainda falou sobre as chances de título do Palmeiras, motivação para seguir jogando e seleção brasileira. Confira a entrevista:
Com o Corinthians 13 pontos à frete do Palmeiras, ainda é possível ser campeão brasileiro?
A gente tem um exemplo muito claro de que é possível. É só olhar o que aconteceu com o Palmeiras em 2009 [o Flamengo foi campeão após ficar a 13 pontos do líder Palmeiras no início do segundo turno]. É obvio que em 15 anos de pontos corridos só aconteceu uma vez, mas mostra que não é uma situação absurda. É obvio que é difícil pela vantagem que o Corinthians tem, mas não é algo inimaginável.
A queda recente de rendimento do Corinthians, que perdeu as últimas três partidas, é importante nesse momento?
É claro. É algo que pesa para nós e para eles. Pela campanha que eles vinham tendo, uma sequência de resultados não tão bons ajuda a levantar algumas dúvidas. E para quem está embaixo é mais uma prova que se tu mantiver foco e a esperança, o campeonato ainda está aberto.
Você se sente incomodado por não ter renovado ainda com o Palmeiras?
Por mim, queria que estivesse definido no ano passado. Ainda mais para mim. No momento em que estou, não tenho intenção de sair. Meus planos são de ficar aqui no Palmeiras. É claro que se você tivesse planos de ir para outro clube, seria até melhor que não tivesse nada definido ainda sobre renovação. Mas confio no presidente e estou bem confiante que as coisas vão se resolver.
Você jogaria em um clube rival?
Perguntaram isso nesse ano. Defenderia um outro time só se o Palmeiras não me quisesse. Como eu disse, vou jogar mais um ano. Não vou parar. Futebol é a única coisa que sei fazer, é de onde tiro o sustento da minha família. Então, vou continuar jogando no ano que vem e vou fazer de tudo para ser aqui no Palmeiras.
Aos 39 anos, você pensa em jogar até que idade?
Chega uma hora que você tem que ir ano a ano e fazer uma avaliação. Por dois motivos. Um é a parte mental. Ver se você ainda tem motivação. Se tem ainda ânimo para continuar trabalhando em alto nível. E a outra é física, porque sem um dos dois a coisa não anda. Graças a Deus, a minha parte mental está muito boa. Sou um cara que adora fazer o que eu faço. E na parte física, eu sempre me cuidei, me preparei e trabalho para jogar em alto nível por muito tempo.
Qual a sua motivação para seguir trabalhando assim?
Com o tempo, tu vai aprendendo que no futebol não dá para pensar muito a longo prazo. Tem que ser a curto prazo. Por causa da cultura do resultado no Brasil, só assim você tem a opção de ter o longo prazo. Eu trabalho durante a semana toda para jogar o jogo do fim de semana ou da quarta-feira e vencer. Depois penso no outro jogo. Esse é o meu pensamento.
Parte dessa motivação é chegar à seleção?
É muito difícil. Cada vez mais, o Tite dá mostras de que o grupo está se fechando. Ainda mais com o tempo que vai diminuindo. Quem não foi convocado até agora dificilmente estará na Copa. Mas todo jogador, principalmente os de clubes grandes, tem de ter uma pontinha de sonho de chegar à seleção.
Fonte: UOL