O que Cuca precisa ajustar no Palmeiras para clássico

Velhos problemas: após derrota para a Chapecoense, técnico tenta corrigir falhas defensivas, melhorar o desempenho dos laterais e, principalmente, entrosar Moisés e Guerra

Além de agravar a crise que atrapalha o clube, a derrota para a Chapecoense deixou claro alguns dos principais pontos a serem melhorados por Cuca no Palmeiras para o restante da temporada. Com um jogo baseado na atuação de seus meias, o Verdão não conseguiu furar o bloqueio da Chape e tomou dois gols em falhas da defesa.
Para o confronto contra o São Paulo, domingo, às 16h, na arena, Cuca terá de treinar sua equipe para que as últimas atuações (ruins) não se repitam. Veja abaixo o que o treinador do Palmeiras pode repensar para o Choque-Rei:

Falhas na defesa e jogo aéreo

De novo por cima? Isso foi o que o técnico falou após o primeiro gol da Chapecoense. A irritação do treinador não foi de graça. Fabrício Bruno apareceu sozinho na área para marcar.
Na cobrança de falta de Reinaldo pela direita da defesa, Moisés, Deyverson e Michel Bastos marcaram apenas um jogador da Chape. Mais atrás, Edu Dracena, Thiago Santos e Luan fizeram a marcação encaixada nos três atletas que se preparavam para entrar na área.

No momento em que a bola foi lançada, porém, Thiago Santos saiu de seu marcador. Isso fez com que Edu Dracena ficasse com o jogador do volante, deixando Luan marcando dois – e ainda com um na sobra. Esse gol escancarou um problema que vem incomodando Cuca e dando trabalho para a zaga: o jogo aéreo.

Laterais sem funcionar

Uma das posições mais criticadas no elenco palmeirense, as laterais, principalmente a esquerda, não parecem ter se encontrado no ano. Até agora, diversos jogadores passaram por lá e não renderam o suficiente. Na lateral esquerda, jogaram Zé Roberto, Egídio, Juninho e Michel Bastos. Do outro lado, atuaram Jean, Fabiano, Tchê Tchê e até Róger Guedes.

Nos últimos jogos, Cuca fez a primeira mudança. O técnico garantiu Michel Bastos na lateral contra a Ponte Preta, Chapecoense e São Paulo. Os dois primeiros jogos terminaram em um empate e uma derrota.

Time depende da inspiração dos meias

A atuação de Guerra e Moisés, novidades no duelo do último domingo, não foi boa. Eles abusaram dos passes enfiados e dos lançamentos, o que os tornou os jogadores com mais passes errados do time. Como o desempenho da equipe depende diretamente deles, o Palmeiras não conseguiu fazer gols.

Apesar disso, mesmo estando abaixo do esperado, Moisés e Guerra foram os responsáveis pelas melhores trocas de passes e jogadas dentro de campo. 

Pontas inconsistentes

Tirando Dudu, as pontas do Palmeiras são peças irregulares. Róger Guedes, Keno e Erik ainda não conseguiram render o esperado nesta temporada. E no esquema de Cuca essa posição é fundamental.

A melhor média de gols no ano é de Willian (13 em 42 jogos), mesclando jogos como centroavante e ponta. A pior é de Erik, que não marcou nenhum nas 14 partidas que esteve em campo. Com a lesão de Dudu, o cenário do Palmeiras tende a piorar, já que o aproveitamento do time cai quando o camisa 7 não está em campo.



Sem referência

Outra dor de cabeça para Cuca é a posição de ce. Após contratar o jogador mais caro da história do clube, o colombiano Borja, e ver o atacante não engrenar, a diretoria foi atrás de Deverson, do Alavés, da Espanha. A intenção da diretoria era fazer com que a disputa da posição melhorasse o desempenho de ambos. O resultado, porém, foi diferente.

Desde que o camisa 14 chegou, Borja atuou em cinco partidas e não fez nenhum gol. Deyverson, por outro lado, empolgou a torcida em suas três primeiras partidas, quando fez dois gols. Mas logo depois seu desempenho caiu. Já são quatro jogos sem marcar e com uma média baixa de finalizações a gol. Veja abaixo:

Fonte: Globo Esporte
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