Efeito Ponte Preta: o que mudou no Palmeiras dois meses depois da eliminação


Pouco mais de dois meses após ter caído para a Ponte Preta na semifinal do Campeonato Paulista, o Palmeiras voltará a encontrar sua algoz em 2017. Às 16 horas (de Brasília) deste domingo, não mais comandado por Eduardo Baptista, o time visita a equipe de Campinas em duelo válido pela décima rodada do Campeonato Brasileiro.

De lá para cá, algumas coisas mudaram. A começar pelo treinador. Com Cuca de volta ao comando, embora o futebol praticado ainda não seja o esperado, a equipe tem apresentado diferenças visíveis. Sistema de marcação, Felipe Melo, caras novas, bola parada...

A eliminação
Dona da melhor campanha geral na primeira fase do Campeonato Paulista, a equipe então treinada por Eduardo Baptista havia eliminado o Novorizontino nas quartas de final. Porém, no jogo de ida da semifinal (em Campinas, no dia 16 de abril), sofreu dois gols nos primeiros sete minutos, foi derrotada por 3 a 0 e não conseguiu reverter a situação, apesar da vitória por 1 a 0 na partida de volta, em 22 de abril.

Último suspiro
O duelo seguinte, válido pela Libertadores, foi histórico. Depois de sair perdendo para o Peñarol por dois gols de diferença, o Palmeiras virou na etapa final e deixou Montevidéu com uma vitória por 3 a 2, que terminou em pancadaria. A alegria, porém, durou só até a rodada seguinte, quando o time perdeu para o Jorge Wilstermann por 3 a 2, na Bolívia. Foi o ponto-final da passagem de Eduardo Baptista pelo clube.

Retornos de Cuca e do 4-2-3-1
A demissão de Eduardo Baptista abriu espaço para a volta de Cuca, que havia decidido não renovar contrato depois do título brasileiro do ano passado. Logo na estreia, em 14 de maio, ele voltou ao esquema tático com o qual se sagrou campeão em 2016, em detrimento do 4-1-4-1 do antecessor, e o time goleou o Vasco por 4 a 0, em casa, na primeira rodada da edição atual da competição.

Vagas sem bom futebol
Apesar da grande estreia no Brasileiro, a expectativa de retomar o bom futebol de 2016 com a volta de Cuca não se confirmou. Com um time diferente em mãos, o treinador acumulou alguns tropeços, sobretudo nas primeiras rodadas do campeonato. Como ponto positivo, confirmou as classificações às oitavas de final da Libertadores e quartas de final da Copa do Brasil.

Saídas e reforços
Desde a troca no comando técnico, saíram três jogadores e chegaram outros três. Depois de vender o zagueiro Vitor Hugo e liberar os atacantes Rafael Marques e Alecsandro, a diretoria buscou o lateral-direito Mayke (Cruzeiro), o zagueiro Juninho (Coritiba) e o volante Bruno Henrique (Palermo, da Itália). O último, recém-chegado, pode ser relacionado pela primeira vez justamente neste domingo.

Felipe Melo no banco
Sempre titular com Eduardo Baptista, o volante chegou a ficar na reserva. No entendimento da nova comissão técnica, ele não tem mais força e velocidade suficientes para ser o principal encarregado de proteger a zaga. O sistema de marcação é outro com Cuca: em vez de marcar por zona, a equipe voltou a ter encaixes individuais.

Bola parada e evolução
Embora ainda não esteja jogando tudo o que dele se espera, o Palmeiras vem evoluindo nos últimos jogos. Além disso, a equipe tem explorado bem a bola parada. Já fez gol após arremesso lateral (marca registrada de 2016), de jogada ensaiada e aproveitando a estatura dos zagueiros em bolas aéreas.

Foco no mata-mata
A eliminação para a Ponte Preta na semifinal do Campeonato Paulista não foi bem digerida pela diretoria. Marcou, inclusive, o início do fim de Eduardo Bapstita no clube. De lá pra cá, o episódio é utilizado como exemplo internamente para cobrar resultado. Cobrança que será maior especialmente na Libertadores e na Copa do Brasil, prioridades até o fim da temporada. O Brasileiro vem sendo colocado em segundo plano.
 Fonte: Globoesporte.com
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