Para aulas sobre tática, (não) fale com Eduardo Baptista

Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação


Não sou analista tático nem nenhum especialista. Sou mais um torcedor fanático. Somente. Nem eu, nem a maioria dos outros 12 milhões de palmeirenses. Mas parece que todos os palmeirenses, exceto o Eduardo Baptista, conseguem enxergar as falhas táticas desse time do Palmeiras. E na situação atual, TODOS os jogadores são isentos de culpa.


Vi um comentário hoje, por exemplo, dizendo que era muito simplista dizer que a culpa de alguns jogadores chaves estarem mal é do técnico, já que Bigode, Guerra, Dracena e Felipe Melo terem só evoluído desde que chegaram no time. Chega a ser cômica essa declaração. Bigode vem jogando bem por todos os times que passou. Guerra foi eleito o melhor jogador da América em 2016, acho que não há muito mais a ser dito. Dracena por todos os times em que passou sempre jogou com muita seriedade e sempre fez seu papel quando necessário, além de seu profissionalismo, também está como titular devido ao mal momento vivido pelo Vítor Hugo. Felipe Melo sempre teve uma carreira consistente na Europa, apesar de ser lembrado somente por seu modo agressivo de jogar, sempre passou só por grandes equipes da Europa. Não há como dizer que eles evoluíram graças ao técnico, mérito pessoal pesou muito mais para isso. Por mais engraçado que possa parecer, eliminando Dracena que já fazia parte do elenco em 2016, todos os jogadores que, de acordo com o comentário lido, estão em evolução, são todos jogadores que chegaram ao elenco esse ano. Talvez possamos atribuir a queda de rendimento de alguns atletas ao técnico, por terem trabalhado com Cuca, e virem uma diferença explícita entre o trabalho do mesmo e o trabalho de Cuca? Talvez. Mas Vítor Hugo, Tchê Tchê, Zé Roberto e principalmente Dudu, todos tiveram uma queda de rendimento em relação ao ano passado enorme, destaque ao Dudu, que ano passado era o protagonista do time, que com a faixa de capitão ainda havia se tornado um exemplo de comportamento, hoje volta a ter alguns de seus chiliques e parece ter perdido o apetite, anda cabisbaixo. Posso estar enganado, mas para mim isso tem total relação com nosso comandante atual. 

Talvez hoje ainda não seja o melhor momento para darmos adeus ao Eduardo Baptista, mas para mim é claro que o mesmo deve permanecer somente até o final da fase de grupos da Libertadores, pois sejamos honestos, as 3 vitórias do time nessa Libertadores tiveram muito mais relação com a entrega do time do que com opção tática do técnico em si. O mesmo acertou, por exemplo, com alterações em alguns jogos? Sim, isso não podemos negar. Mas infelizmente pesam muito mais deméritos ao nosso técnico do que méritos. Vide no jogo de ontem, onde tirou William, que sempre rendeu muito mais jogando ao lado de Borja, e não no lugar do mesmo, como centroavante.

Infelizmente, para o próprio Eduardo, ter vindo treinar o Palmeiras, um time que possui um dos, senão o melhor elenco da América, atual campeão brasileiro, time que futebol agradava de se ver, pode não ter sido a melhor escolha para sua carreira. Se o mesmo transformou um time desse em uma equipe sem padrão tático, inconsistente, onde mais ele conseguiria emprego? Talvez o Eduardo possa ter dado um tiro no próprio pé. Como talvez em 3 anos ele possa se mostrar ser um técnico revolucionário e surpreenderá a todos nós. Talvez sim, talvez não. São muitas dúvidas no ar. Mas, infelizmente para o senhor Baptista, o Palmeiras não está em um momento de questionamentos, de apostas. Infelizmente para nosso comandante, o Palmeiras está em um momento de firmação, não de formação, e já ficou claro para todos que o Eduardo Baptista pode estar indo para muitos caminhos com esse elenco, mas a firmação não é um deles. 

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