(Reprodução: César Greco) |
Uma das poucas coisas que há hoje no futebol moderno é real
amor à camisa. Um dos últimos grandes ídolos se aposentou essa semana.
Francesco Totti, que foi a representação de amor à camisa da Roma, como nós
tivemos Marcos. E hoje, como temos Fernando Prass. Não é à toa. Algumas lembranças,
de bate e pronto, sem pensar muito, mas que sei que irão se lembrar.
Corinthians, semi-final, paulista, pênaltis. Resultado? Prass. Fluminense, semi-final,
Copa do Brasil, pênaltis. Resultado? Fernando. Santos, final, Copa do Brasil, pênaltis.
Resultado? Fernando Büttenbender Prass. Corinthians, tabu no Pacaembu, pênalti.
Resultado? (Para a surpresa de todos), o melhor goleiro do Brasil, ele mesmo,
Fernando Prass.
“Um tal de Prass está vindo do Vasco, onde era ídolo, mas será
que vai vingar?”. “Será que é bom mesmo ou é mais um vindo se aproveitar do
Palmeiras?”. “Vish, mais um jogador de vidro, não vai dar certo aqui”. A vinda
de Prass em 2013 não foi nada fácil. Dois anos de luta, nos reerguendo da série
B, e um 2014 de muitas lutas para nos mantermos na série A. Nem o próprio
goleiro em seus melhores sonhos imaginaria o que o destino lhe reservava nos
dois anos seguintes. E quem imaginaria?
A nossa muralha verde, o terror de qualquer batedor de
pênaltis, o goleiro que honra o manto que veste, a representação do
palmeirense. Batalhador, não desiste nunca, pois sabe que a dureza do prélio
não tarde. Prass não vestiu simplesmente a camisa do Palmeiras. Junto, vestiu a
alma palmeirense. Alguém que luta por nós. E sempre fez o possível e o
impossível pelo Palmeiras. Nunca, em hipótese alguma, podemos nos esquecer de
tudo que Prass fez por nós.
P*** QUE PARIU, É O MELHOR, GOLEIRO DO BRASIL, FERNANDO
PRASS! O camisa 1, que tem seus momentos de camisa 10, pode não ser o camisa
12, mas sempre será nosso camisa 100. Pois sem (100) Prass, o Palmeiras não
seria o mesmo. O que aconteceria se o Elias classificasse o Corinthians para a
final daquele paulista de 2015? Ou o que aconteceria se não fossemos campeões
da Copa do Brasil? Não sei. Mas, além do time, graças a Prass, essa é uma
realidade que nunca saberemos como seria. E não será uma falha que apagará toda
essa história. Não devemos, ou melhor, não podemos ser ignorantes a esse ponto
com nosso atual ídolo. Jaílson, não pense que nos esquecemos de você tá. Tudo
que fez em 2016 jamais será esquecido por qualquer palmeirense. Sua hora irá
chegar, você ainda tá novo, 36 é o novo 20, como os 42 de Zé são os novos 30.
Mas poxa, é o Prass. Tente entender, não é por mal, mas você sabe, não sou eu,
somos todos nós, nação palmeirense. Afinal, quem não queria ter um Prass?