Muito mais que um técnico

(Reprodução: César Greco)
Muito se ouviu quando foi anunciada a volta de Cuca. Disseram que deu certo uma vez, mas que técnico supersticioso provavelmente não daria certo novamente. Disseram que perderia o elenco, pois além do próprio gênio, forte, teria que lidar com o de muitos outros no elenco, e não saberia fazê-lo. Mas no final, a torcida ignorou todas o que foi dito, e se baseou em apenas um fato: eu confio. 

Todos os palmeirenses, tanto os que defendiam a permanência de Eduardo Baptista quanto os que nunca quiseram que o mesmo sequer viesse, confiam em Cuca. Mas afinal, quem não poderia confiar? Junto com Cuca saímos de uma fila de 23 anos sem ganhar um Campeonato Brasileiro, algo que, para o maior campeão nacional, já havia virado motivo de constrangimento. Tínhamos um grande elenco, mas o mérito de Cuca é algo que ninguém pode negar. Conseguiu encaixar perfeitamente o time, e cumpriu a promessa feita ao torcedor palmeirense, após uma amarga eliminação para nosso atual maior rival na semifinal do Paulista 2016, que seríamos campeões brasileiros. E fomos. Com autoridade. Jogando como grande equipe que somos, dentro, e fora de nossa casa.

Mas o que devemos esperar da volta de Cuca no Palmeiras? Poderia fazer uma lista de alterações táticas que imagino que possam acontecer, padrões de jogo novos, jogadores que podem sair e chegar, seria um assunto que daria para ser discutido por muito tempo, mas o mais importante não será isso, é algo muito mais simples, mas da mesma forma de uma maior importância que qualquer tática: confiança. Dos mesmo criadores em 2013, na campanha da Libertadores do Atlético-MG, da frase "Eu Acredito!", vem aí o "Eu Confio!".

Confiança. Essa é a palavra que define sobre o que foi a partida deste dia das mães. O Palmeiras jogou confiante. Sabia o que tinha que fazer. Fez seu jogo com calma, não perdeu as rédeas mesmo nos momentos em que não esteve melhor. Essa será a maior diferença de Cuca para Eduardo Baptista. Não será inteligência. Não será uma grande alteração tática. Não será o treino. É a confiança que o time terá agora com Cuca. O time joga de forma mais segura. A torcida se sente mais segura. Não só pelo fato de termos sido campeões brasileiros ano passado junto de Alexi Stival. Mas porque o mesmo mostra aos jogadores que acredita neles, sabe o que cada um pode render, a vontade de cada um de ser campeão, e o quanto acredita neles. O Cuca acredita nos jogadores, e assim, os jogadores acreditam no Cuca. E, da mesma forma, nós acreditamos no Cuca e nos jogadores. E, no final, todos acreditamos nesse novo velho Palmeiras.

Fonte: João Pedro/NaçãoPalmeirense


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