Como o Palmeiras tenta recuperar Borja

A exemplo do que fez com Gabriel Jesus no ano passado, Cuca tenta tirar o peso sobre o atacante colombiano, que é introvertido e vem sofrendo com a adaptação ao Brasil



Colombianos Yerry Mina e Miguel Borja em treino do Palmeiras; atacante é tído como "muito tímido" no clube (Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras)

ma das missões de Cuca será fazer Miguel Borja recuperar o futebol que o credenciou a se tornar a contratação mais cara da história do Palmeiras.

O atacante colombiano ainda não convenceu com a camisa alviverde, mas já tem recebido os cuidados do novo treinador em sua primeira semana de retorno ao clube e será titular neste domingo, diante do Vasco.

Internamente, a explicação para o rendimento abaixado do esperado do jogador de 24 anos é a dificuldade de adaptação ao Brasil e ao futebol brasileiro.

Embora tenha voltado a ser colega do venezuelano Alejandro Guerra, com quem jogou no Atlético Nacional, e seja próximo do compatriota Yerry Mina, Borja é muito introvertido.

Para contornar essa timidez do centroavante, depois de uma conversa em particular, Cuca agora conta com ajuda dos atletas que dirigiu no ano passado na conquista do título brasileiro e também de um recém-chegado, mas já líder do elenco: Felipe Melo.

Na quinta-feira, o volante - que foi punido pela Conmebol com seis jogos de suspensão na Libertadores em função da briga no duelo com o Peñarol - publicou imagens brincando com Borja nas redes sociais. Um raro momento íntimo de descontração do atacante, que aparentemente vinha se mostrado chateado pela má fase.

– Imagine se você fosse para a Colômbia e chegasse como o nome para ser visto, mas ficasse sem fazer gol, e o povo te questionando. Você estaria pressionado. Aí os jogadores de lá teriam que te acolher, ter paciência, aprender a hablar un poquito, os amigos teriam que te servir uma jogadita ou outra para fazer gol, comemorar com você – brincou Cuca, misturando português e espanhol.

– Quero deixá-lo jogando o jogo inteiro, quero que ele entre em campo sem medo de ser substituído e que possa produzir o melhor, tecnicamente e de entrega também para os companheiros. Não se preocupe em ser o melhor, seja guerreiro, coletivo, que a bola vai sobrar na frente para você.

O momento de Borja lembra a seca vivida por Gabriel Jesus no segundo semestre do ano passado, depois das primeiras convocações para a seleção brasileira. Na ocasião, a estratégia de Cuca foi parecida: tirar o peso sobre o jovem atacante, que hoje em dia balança as redes com a camisa do Manchester City, na Inglaterra.
 Fonte: Globo Esporte
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