Bola rápida e pelo alto: Palmeiras está ligado nos efeitos da altitude na Bolívia

Verdão vai jogar em Cochabamba, cidade a 2.570 metros acima do nível do mar: Eduardo Baptista diz que velocidade da bola é uma das armas exploradas pelos donos da casa



Palmeiras viaja para Cochabamba na manhã desta terça-feira. À tarde, o elenco treina no estádio Félix Capriles para encerrar a sua preparação para o duelo de quarta contra o Jorge Wilstermann e também para começar a estudar os efeitos da altitude da cidade boliviana, que fica 2.570 metros acima do nível do mar.

A programação da comissão técnica do Verdão foi montada justamente para minimizar o impacto e fazer os atletas se ambientarem ao palco da partida válida pela quinta rodada do Grupo 5 da Libertadores – o time brasileiro lidera com 10 pontos, quatro a mais que o boliviano.

– É uma altitude diferente da de La Paz (mais de 3.600 metros acima do mar). Muito parecida com a de Quito (no Equador). Tive duas oportunidades de jogar lá. Fisicamente, lógico que não é a mesma coisa do que jogar ao nível do mar, mas não chega a interferir como interfere em La Paz. Numa altitude maior, o ar se torna muito mais rarefeito. A bola longa ganha uma velocidade diferente – disse o técnico Eduardo Baptista, que valorizou a preparação em solo boliviano para o time ter uma ambientação adequada.

– Trabalhamos as questões táticas aqui (na Academia de Futebol) e lá vamos cuidar da bola área, cruzamento e bola parada. Tomar cuidado porque é diferente, a trajetória da bola é um pouco irregular. Os bolivianos, sabendo disso, exploram muito essa bola aérea – completou.
Pouca coisa deve ser alterada na programação palmeirense em relação aos últimos jogos. As maiores preocupações estão no aspecto técnico dentro de campo e em como o time vai encarar os efeitos que a altitude provoca no toque de bola.

– A preparação contra a altitude é física. Não tem como, tem de estar bem condicionado. Que bom que o Palmeiras nesse quesito sobra, tem uma qualidade grande. Temos jogos que decidimos nos últimos minutos, a maioria dos gols é feita no segundo tempo. Essa parte física não me preocupa – contou o comandante alviverde.
Assim como já havia ocorrido no duelo contra o Peñarol, na semana passada, os palmeirenses esperam um duelo mais aberto, agora na Bolívia. No jogo disputado em São Paulo, na segunda rodada, Mina definiu a vitória alviverde somente aos 50 minutos do segundo tempo.

De lá para cá, os bolivianos perderam o meio-campista Thomaz, que foi negociado com o São Paulo, mas se consolidaram na segunda colocação da chave. O pensamento alviverde é voltar de Cochabamba com a vaga garantida.

– Jogo duro. Não acredito que eles venham tão fechados quanto vieram aqui. Dependendo dos resultados, o empate para eles não é bom. É um time que talvez se atire mais e dê mais espaços. Estamos preparados para tudo, um time mais fechado ou um time que venha para o jogo como foi contra o Tucumán. É perigoso, veloz, pergeu o Thomaz, talvez o seu principal jogador, mas repôs com o Cardozo, que tem qualidade também. Temos de estar atentos para irmos lá, buscar a vitória e sacramentar a classificação – disse Eduardo Baptista.
  Fonte: Globoesporte
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