Mais drible? Velocidade? Como o Palmeiras pode furar a defesa da Ponte e golear


O lance do segundo gol da Ponte pega a defesa do Palmeiras desarrumada (Foto: Reprodução)

O Palmeiras entra em campo no próximo sábado com a necessidade de golear a Ponte Preta para avançar à final do Campeonato Paulista. Depois de perder o jogo de ida por 3 a 0, em Campinas, o Verdão precisa de um placar favorável por três gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis ou maior para se classificar diretamente. Mas, depois de uma atuação bastante apática, o que o time de Eduardo Baptista precisa fazer de diferente na partida de volta?

No Moisés Lucarelli, o Palmeiras não soube sair da pressão inicial dos donos da casa. Pior do que isso, viu o adversário aproveitar as falhas da defesa alviverde e marcar dois gols em sete minutos. Contra a equipe de Gilson Kleina, a linha de quatro do meio de campo palmeirense não funcionou na recomposição defensiva. Foi comum ver Felipe Melo em desvantagem contra dois ou até três pontepretanos, o que provocou um grande buraco e a necessidade de um lateral ou um zagueiro fazer o combate fora do seu setor.

No próximo sábado, diante de um adversário provavelmente mais preocupado em se defender, o Palmeiras vai precisar ter mais atenção aos contra-ataques – Clayson é o responsável pelas arrancadas do time alvinegro. A saída de bola com qualidade, o que vinha sendo um dos diferenciais da equipe em 2017, precisa voltar a ser eficiente com Mina, Felipe Melo e, principalmente, Tchê Tchê.
No ataque, os alviverdes devem encontrar uma retranca na partida em São Paulo. No domingo passado, a Ponte se defendeu com duas linhas de cinco jogadores – até o artilheiro Willian Pottker ajudou a fechar os espaços do Palmeiras – e sair em velocidade aproveitando os erros do time comandado por Eduardo Baptista.
Com Guerra em campo, o Verdão ganha dinamismo e qualidade de passe no campo ofensivo. No primeiro tempo, foi um dos que mais procuraram o jogo, mas foi prejudicado pela pouca inspiração do restante do ataque. Desgastado por causa do jogo contra o Peñarol, ele atuou apenas 45 minutos em Campinas e deu lugar a Michel Bastos na volta do intervalo.

O que o Palmeiras precisa voltar a explorar é a velocidade. Duas armas importantes para furar a defesa pontepretana podem ser o drible e a movimentação. No primeiro item, Keno vira alternativa por ser o maior driblador do Paulistão, com 14 acertos de acordo com números do Footstats – Dudu é o quinto, com dez acertos. Róger Guedes também aparece com característica de jogada de linha de fundo. Já o segundo item, talvez, possa fazer Eduardo Baptista viver um dilema.
Apagado diante da Macaca, Dudu tem a qualidade do último passe e pode crescer de produção ao se aproximar mais do gol adversário. Mas aceitou facilmente a marcação adversária e pouco produziu. A preocupação maior, porém, pode estar no comando do ataque.

Eduardo Baptista precisa mexer na equipe para o jogo da volta? (Foto: Marcos Ribolli)

Maior investimento palmeirense, Borja tem grande poder de decisão, mas pouco tem participado das partidas. Com exceção ao duelo contra o Novorizontino, quando o atleta procurou o jogo na intermediária e abriu espaços para o time fazer a infiltração em diagonal, o que ocorreu depois de certa insistência da comissão técnica, o colombiano tem sido tímido destaque.

É inegável a qualidade de finalização do camisa 12, contratado com o peso de ter sido o artilheiro das Américas em 2016. Mas, ainda necessitando se adaptar ao futebol brasileiro, o atacante tem sido alvo fácil da marcação adversária pela pouca movimentação. Willian é uma opção com mais mobilidade e pode exercer também a função de referência.

Do lado da Ponte Preta, Reynaldo, suspenso com três cartões amarelos, terá de cumprir suspensão automática. Zagueiro de origem, ele vinha sendo escalado na lateral esquerda e agora terá de ser substituído por Arthur. Como o substituto possui características mais ofensivas, o lado direito do ataque alviverde pode ser mais explorado.

O elenco montado pelo Palmeiras para 2017 permite ao técnico Eduardo Baptista mudar as características da equipe de acordo com a necessidade. O elenco ganhou a segunda e a terça-feira de folga e se reapresenta na Academia de Futebol na manhã de quarta. Serão três dias de treinamento, provavelmente um de recuperação física e dois de trabalhos táticos, até o duelo da volta, no sábado, às 19h (de Brasília). E muito trabalho pela frente.
Fonte: Globoesporte
Postagem Anterior Próxima Postagem