Aos 42 anos, Zé Roberto quer Libertadores antes de se aposentar


Zé Roberto completou 100 jogos com a camisa do Palmeiras no último domingo. Diante da marca expressiva alcançada no clube, o lateral-esquerdo garantiu que se ele continua acumulando grandes feitos mesmo aos 42 anos, idade considerada bastante avançada para um jogador de futebol, é porque se cuidou muito ao longo de toda a sua carreira.

E por se cuidar muito durante toda a sua carreira é que Zé Roberto terá a oportunidade neste ano de, enfim, conquistar o título que falta para a sua galeria e que é um dos principais motivos pelos quais ele ainda segue na ativa. “A única coisa que falta para a minha carreira é a cereja do bolo, um título que eu não tenho, que é a Libertadores”.

O experiente lateral relembrou o período em que chegou ao Santos, em 2006, quando já tinha 32 anos, para relatar a falha de seu planejamento em encerrar a carreira aos 35. Agora, conquistando um título atrás do outro com a camisa palmeirense, Zé Roberto garante estar feliz e não pensa, pelo menos por enquanto, em pendurar as chuteiras.

“Eu sinceramente acho que a minha carreira acabou me surpreendendo, até porque há uns oito anos já havia feito planos para parar. Me lembro que em 2006, quando voltei ao Brasil para jogar no Santos, tinha me programado para jogar mais dois anos e com 35 parar de jogar. Mas percebi que meus planos foram frustrados, não consegui fazer planos. Estou jogando porque estou feliz, faço aquilo que mais gosto, me preparo para isso, então tenho total condição de decidir quando vou parar”, disse.

Os 11 anos de permanência no futebol alemão fizeram Zé Roberto se tornar um jogador muito diferente daquele que saiu do Brasil. Encarando mudanças bruscas em todos os sentidos, o lateral-esquerdo teve a sensibilidade de olhar ao seu redor e reparar em pequenos detalhes que poderiam alavancar sua carreira a um outro nível, além de garantir sua longa duração.

“Quando cheguei na Alemanha vi uma diferença muito grande entre os jogadores brasileiros e os alemães. Os jogadores alemães, além de serem jogadores, são também atletas, então eu passei a fazer o que eles faziam, me cuidar. Isso para mim foi muito importante. Quando percebi que antes de ir para o campo tinha que chegar uma hora antes para fazer algum treinamento preventivo, ficou mais fácil de manter meu corpo. No Brasil ainda não haviam nutricionistas nos clubes, lá no Bayer Leverkusen já havia. Então eu passei a fazer uma programação tanto de treino como de alimentação”, finalizou o jogador que completa 43 anos no próximo dia 6 de julho.

*Especial para a Gazeta Esportiva
Fonte: Gazeta Esportiva
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