Quase uruguaio, preparador de Prass conta que pai foi goleiro do Palmeiras


Fernando Prass Oscar Rodriguez Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

O encarregado de treinar Fernando Prass diariamente conhece muito bem o Uruguai, onde o Palmeiras disputará a partir desta quarta-feira um torneio quadrangular amistoso – a estreia é contra o Libertad, do Paraguai, às 19h30 (horário de Brasília). Gaúcho de Pelotas, Oscar Rodriguez passou quase todas as férias escolares e profissionais no país vizinho, terra do pai, o também ex-goleiro Oscar Urruty, que hoje mora no Rio Grande do Sul, aos 81 anos.

– Eu me identifico muito com o Uruguai. Metade da minha família mora lá, meu pai é uruguaio. Inclusive, pouquíssimas pessoas sabem: meu pai jogou aqui no Palmeiras, na década de 1950 – contou ao GloboEsporte.com o preparador de goleiros palmeirense, na segunda-feira, véspera da viagem do elenco a Montevidéu.
Oscar Rodriguez Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)Oscar Rodriguez, preparador de goleiros do Verdão (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
Foi uma breve passagem, em 1956, no segundo ano de Urruty em terras brasileiras. Formado no Wanders-URU, o uruguaio de Durazno chegou ao Palmeiras aos 21 anos, depois de passagens por Guarany (de Bagé) e Internacional (de Santa Maria). Ficou pouco tempo, atrapalhado por uma lesão, e retornou ao Rio Grande do Sul no ano seguinte para defender o Brasil de Pelotas.
Na cidade gaúcha, Urruty ainda trabalhou como treinador e viu o filho Oscar nascer, em 1961 - curiosamente, no mesmo dia de seu aniversário. Foi lá também onde o atual treinador de goleiros do Palmeiras começou a carreira. Na mesma posição do pai, passou depois por São Paulo, Inter de Limeira, Francana, Paulista, Paysandu e Figueirense. Como preparador, passou por Brasil, Al Ettifaq (Arábia Saudita), Grêmio, Figueirense, Jubilo Iwata (Japão), Cruzeiro, Atlético-MG e Santos até chegar ao Verdão em setembro de 2014.
Pelo Palmeiras, Oscar Rodriguez ajudou Prass a ser um dos grandes nomes da conquista da Copa do Brasil. Agora, passadas as férias, os dois têm como primeiro compromisso do ano um torneio no Centenário, em Montevidéu, cidade que o preparador conhece muito bem.
No sábado, dependendo do resultado da estreia desta quarta, o Palmeiras disputa a final ou o terceiro lugar do quadrangular, contra Nacional ou Peñarol.
A maior parte da minha família no Uruguai torce pelo Peñarol (risos). Mas num eventual encontro, todos vão torcer pelo Palmeiras, até porque têm que torcer para mim
Oscar Rodriguez, preparador de goleiros
 – A maior parte da minha família no Uruguai, primos e tios, torce pelo Peñarol (risos). Mas não tenha a menor dúvida de que, num eventual encontro, todos vão torcer pelo Palmeiras, até porque têm de torcer para mim – brinca o preparador de goleiros, na esperança de encontrar algum tempo livre na capital uruguaia até o fim de semana.

– É sempre uma satisfação muito grande retornar. O Uruguai é um país extremamente hospitaleiro, do qual absorvi algumas coisas pelo contato, por ter ido várias vezes para lá desde pequeno. Tomo mate, o nosso chimarrão, como muita carne na parrilla (churrasco)… A gastronomia é fantástica. E, a passeio, gosto de ir também a Punta del Este, Piriápolis... O litoral uruguaio tem praias lindas, é muito bacana – elogia Oscar Rodriguez.
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